© Reuters / Ueslei Marcelino
O tenente Valmir Moraes da Silva, da equipe de segurança do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, disse ao juiz Sergio Moro nesta quarta (30) que Lula esteve no sítio de Atibaia (SP) em 72 finais de semana, de 2012 a 2015.
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Ele prestou depoimento como testemunha de defesa no processo que investiga se Lula se beneficiou de R$ 1,02 milhão em benfeitorias no sítio, que teriam sido pagas pelas construtoras Odebrecht e OAS. O Ministério Público Federal acusa o petista de ser o verdadeiro dono do imóvel, que está no nome do empresário Fernando Bittar.
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Valmir disse que fez o levantamento por curiosidade, após ver relatos na imprensa de que o ex-presidente teria estado no sítio em mais de cem finais de semana. Segundo ele, Lula levava uma bolsa de mão, com shorts, camiseta e agasalho, e retornava para casa com as roupas.
O segurança também afirmou que, desde o primeiro momento, ficou sabendo que o imóvel pertencia a Fernando Bittar. De acordo com ele, sempre que havia algum problema no sítio, a mulher de Lula, Marisa Leticia, dizia para ligar para o empresário.
O tenente disse, ainda, que Marisa, morta em fevereiro de 2017, levava bichos para o sítio e cuidava de uma horta no local.
Questionado, Valmir relatou que Bittar e Fabio, filho de Lula, pediram ajuda para que avaliasse um projeto para a instalação de câmeras no sítio. Foi anexado aos autos do processo um email trocado entre Bittar e o segurança, no qual os dois combinam uma reunião para tratar do tema. Com informações da Folhapress.