© Renan Olaz/CMRJ
O conflito de terras na Zona Oeste do Rio está sendo uma das principais linhas de investigação da Delegacia de Homicídios (DH) da Capital, que investiga a execução da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista dela, Anderson Gomes. O assassinato, ocorrido no dia 14 de março, pode estar relacionado à tentativa de regularização fundiária da comunidade de Novo Palmares.
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O assentamento, localizado em Vargem Grande, é reduto político do vereador Marcello Siciliano (PHS). Ainda este mês, saiu a notícia de que uma testemunha-chave do caso apontou o envolvimento do político e do miliciano Orlando Araújo, o Orlando de Curicica, na morte da vereadora.
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De acordo o jornal 'O Globo', Marielle dava suporte aos moradores de Novo Palmares para agilizar o processo de titularidade dos lotes da comunidade desde meados do ano passado.
Em outubro de 2017, Siciliano chegou a indicar que o prefeito Marcelo Crivella deveria implantar uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no local. O vereador também tem envolvimento no setor imobiliário, o que reforça interesses na questão fundiária de regiões na Zona Oeste, como Jacarepaguá e as Vargens.
A região onde Novo Palmares fica está cada vez mais valorizada e chama atenção pois os moradores não têm títulos de propriedade. Por isso, Marielle lutava contra a remoções e a especulação imobiliária no local.
O vereador foi procurado pela equipe de reportagem, mas ele disse que não dará entrevistas até a conclusão das investigações.