© REUTERS/Joshua Roberts
SILAS MARTÍ - Nem o homem no comando das negociações por trás do possível encontro de Donald Trump (foto) com o ditador norte-coreano, Kim Jong-un, sabe se a reunião antes marcada para 12 de junho em Singapura vai mesmo acontecer.
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Mike Pompeo, que assumiu a chancelaria americana há pouco mais de um mês, disse a uma sala abarrotada de jornalistas num hotel de luxo em Nova York que muitas incertezas ainda pairam sobre o que chama de "oportunidade histórica para mudar o rumo do mundo" em nome de uma "visão do futuro" dos dois líderes.
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Evasivo, o secretário de Estado só disse na saída de uma reunião com Kim Yong-chol, chefe da delegação de Pyongyang, que houve progresso nas últimas 72 horas –eles jantaram em Manhattan e fizeram uma série de reuniões que acabaram bem antes da hora marcada, levantando dúvidas sobre o tom dessas conversas.
Enquanto incertezas persistem, Pompeo afirmou que Kim Yong-chol, a maior autoridade norte-coreana a pisar nos EUA desde a visita do general Jo Myong-rok a Bill Clinton em 2000, viaja agora a Washington para entregar uma carta pessoal de Kim Jong-un ao presidente Donald Trump.
Na semana passada, Trump chegou a cancelar o aguardado encontro com Kim, que criticara John Bolton, seu assessor de Segurança Nacional, e divulgou uma carta em que lamentava o desfecho das negociações e ao mesmo tempo renovava ameaças ao ditador.
Logo depois, diplomatas dos dois países iniciaram uma ofensiva para tentar voltar atrás e fazer com que o encontro se realize, detonando outras reuniões entre aliados de Washington na Ásia, em especial os sul-coreanos, e as autoridades da Coreia do Norte.
Em Nova York, Pompeo voltou a dizer que os EUA esperam de Pyongyang garantias de uma desnuclearização "completa, verificável e irreversível" do país, mas não disse se os norte-coreanos avançaram nesse ponto, acrescentando que detalhes do acordo só se tornarão públicos depois de um encontro para dar "mais liberdade" aos negociadores. Com informações da Folhapress.