Coreias criam escritório de ligação para discutir reunificação familiar

'Reunificações das famílias é um tema sensível que poderia ajudar a restaurar a confiança mútua, mas que não tem avançado devido à falta de engajamento político', diz Elhadj As Sy

© KCNA KCNA/Reuters

Mundo acordo 01/06/18 POR Folhapress

As duas Coreias concordam durante uma reunião de alto nível nesta sexta-feira (1º) em realizar conversas neste mês sobre temas militares e a reunificação de famílias divididas pela guerra.

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O encontro ocorreu no vilarejo de Panmunjom, na Zona Desmilitarizada das Coreias, entre o ministro da Unificação do Sul, Cho Myoung-gyo, e o diretor do comitê da reunificação pacífica do Norte, Ri Son Gwon.

As conversas sobre questões militares ocorrerá em 14 de junho no lado norte de Panmunjon; sobre intercâmbio esportivo, no lado sul em 18 de junho; e sobre as reunificações familiares no monte Kumgang, no norte, em 22 de junho.

A guerra da Coreia (1950-53) terminou com uma trégua e não um tratado de paz.

As reunificações das famílias é um tema sensível que poderia ajudar a restaurar a confiança mútua, mas que não tem avançado devido à falta de engajamento político, disse Elhadj As Sy, secretário-geral da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, que esteve em Seul para discutir planos para os encontros.

"Com mais engajamento e abertura política, muitos obstáculos serão levantados", disse Sy.

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A federação espera que a Coreia do Norte permita que ela forneça mais ajuda à população. Segundo Sy, cerca de 10 milhões de norte-coreanos, ou 10% da população, precisam de ajuda humanitária.

As duas Coreias também concordam em abrir um escritório de ligação na cidade norte-coreana de Kaesong, na fronteira. O local abrigava um parque industrial até 2016.

Enquanto isso, nos EUA, um dos principais assessores do ditador norte-coreano, Kim Jong-un, deixou seu hotel em Nova York em um comboio de SUVs em direção a Washington.

Kim Yong-chol, ex-chefe da inteligência militar, leva uma carta do ditador para ser entregue pessoalmente ao presidente Donald Trump.

Ele é o funcionário norte-coreano de mais alto escalão a visitar os EUA em 18 anos, e sua viagem à Casa Branca será um sinal simbólico do aliviamento das tensões entre os dois países. Em 2000, o vice-marechal Jo Myong Rok se encontrou com o presidente Bill Clinton e a secretária de Estado Madeleine Albright, em Washington.

Sua presença foi permitida nos EUA apesar de ele estar na lista de sanções dos EUA, e autoridades norte-coreanos normalmente não têm permissão para deixar a área de Nova York.

Apesar da melhora nos sinais, em encontro na quinta-feira com o chanceler russo, Serguei Lavrov, o ditador Kim reclamou da influência americana. "Enquanto nos movemos para nos ajustar à situação política tendo em vista a hegemonia americana, estou disposto a trocar opiniões detalhadas e profundas com sua liderança", disse o ditador a Lavrov. Com informações da Folhapress.

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