Guerra afasta quase 50% das crianças da escola no Afeganistão

Pobreza e casamento infantil também contribuem para alto índice de menores sem acesso à educação

© Lusa

Mundo Unicef 03/06/18 POR Lusa

Quase metade das crianças afegãs estão fora da escola. A evasão é causada pela guerra, pobreza, casamento infantil, dentre outros fatores, como revela um relatório divulgado neste domingo (3) pelo governo afegão e pela Agência das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Segundo o estudo, 3,7 milhões de crianças em idade escolar (44%) não vão à escola, o pior resultado desde 2002 e desde o fim do regime talibã.

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De acordo com o estudo, desde a invasão norte-americana no Afeganistão, em 2001, que não se registrava decréscimo do acesso à escola e o panorama da educação melhorava, tanto para rapazes quanto para moças - proibidas pelos talibãs de frequentar a escola.

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O balanço revela ainda que as meninas são as mais prejudicadas com a falta de escolarização: 60% do total. Nas regiões mais afetadas, mais de 85% delas não vão à escola, diz a agência da ONU. Especificamente nas províncias de Kandahar, Helmand, Zabul e Uruzgan, no Sul, e Wardak, no Centro. Em Paktika - domínio dos talibãs - também.

A Unicef estima que 300 mil outras crianças, atualmente inscritas na escola primária, estejam em risco de abandonar os estudos até o fim do ano letivo. As mais expostas vivem em zonas rurais, onde as famílias são economicamente mais frágeis e ameaçadas de deslocação, or causa da insegurança.

"As deslocações forçadas e o casamento precoce têm impacto nas chances de uma criança continuar na escola. A falta de professores, o mau estado das escolas e a insegurança são os principais fatores que conduzem as crianças a deixar a escola, sobretudo as raparigas", descreve o relatório.

Os talibãs estão cada vez mais presentes no território do Afeganistão nos últimos anos. Segundo um levantamento feito pelo Congresso norte-americano, no final de abril, 20% do território afegão estava sob controle dos rebeldes e apenas 56% sob o controle do governo. O resto era disputado em conflitos violentos. Com informações da Lusa. 

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