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"Aquela pedra acabou com a minha família", afirma Margarida Batistela, viúva do caminhoneiro assassinado com uma pedrada na cabeça. O marido, José Batistela, foi morto na quarta-feira passada (30), quando dirigia o caminhão pela BR-364, em Vilhena (RO).
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José foi a primeira vítima fatal dos protestos de caminhoneiros em Rondônia. O ataque contra o motorista ocorreu no 9ª dia da greve.
Margarida afirma que morava com José e os filhos em Jaru (RO) há 20 anos, noticia o G1.
"Ele tava meio ansioso de voltar em casa por conta da família. Como a minha filha vai inteirar 15 anos na quinta-feira agora, ele estava muito ansioso de ir e voltar pra estar em casa nesta data", relembra Margarida.
De acordo com a viúva, fazem nove dias que José estava parado em Vilhena por conta da manifestação dos caminhoneiros. Foi então que, no último dia 30, ele decidiu seguir viagem, quando foi surpreendido com uma pedrada na cabeça e morreu na hora.
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Desde a morte do caminhoneiro, ninguém foi preso. A Polícia Civil trata o caso como homícidio doloso, ou seja, quando há intenção de matar.
Uma prisão chegou a ser anunciada pelo ministro de segurança, mas não foi confirmada pela polícia, que continua procurando pelo autor da pedrada.
Um amigo de José revelou que o motorista não participava do movimento grevista e trabalhava como autônomo.