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A Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) vai recorrer à Justiça, por meio de um mandado de segurança, para impedir o tabelamento do frete rodoviário, anunciado pelo governo na negociação para interromper a greve dos caminhoneiros na semana passada.
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"Independentemente de qualquer coisa, por princípios, somos contra o tabelamento de preços, que fere a lei de competitividade do mercado. Estamos retornando a um país de 30 anos atrás", afirmou José Ricardo Roriz Coelho, que assumiu nesta quarta-feira (6) a presidência da Fiesp no lugar de Paulo Skaf, que se licenciou para disputar o governo de São Paulo.
"Centenas de empresas estão vindo até nós para falar que com o tabelamento haverá aumento de 30% até 150% no preço final dos produtos e quem vai acabar arcando com isso será o consumidor. O governo quer resolver um problema e está criando outros", afirmou.
Ele também criticou a alteração no Reintegra, que devolvia 2% do valor exportado em produtos manufaturados por meio de créditos de PIS/Cofins e terá o percentual reduzido para 0,1%.
"As exportadoras têm contratos de longo prazo, fizeram todo o planejamento deste ano com o Reintegra a 2%. E agora? , questionou Roriz Coelho.
Coelho afirmou que ainda calcula as perdas com a reoneração da folha de pagamentos para as empresas. Esse quadro, disse, gera muita insegurança. "As medidas criam dúvidas, mudam regras no meio do caminho e, se o objetivo é retomar o crescimento do país, como fazer isso criando essa insegurança toda", afirmou.
Roriz Coelho disse acreditar que o governo tomou as decisões no calor dos acontecimentos, durante a paralisação dos caminhoneiros, e passado esse primeiro momento, vai perceber que muitas delas terão de ser revistas. Com informações da Folhapress.