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A direção do Museu Nacional e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) assinaram hoje (6) um contrato que prevê investimento de R$ 21,7 milhões para o plano de revitalização do prédio histórico, seu acervo e espaços de exposição. O Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, zona norte do Rio, completa 200 anos em 2018.
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Os recursos são um apoio não reembolsável do BNDES à instituição e serão aplicados na recuperação física do imóvel, acervos, espaços expositivos e na revitalização do entorno do museu. O objetivo é garantir mais segurança às coleções e reforçar o trabalho dos pesquisadores para aumentar a demanda de público, além de promover políticas educacionais vinculadas aos acervos.
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“Vai nos proporcionar reformar áreas históricas desse palácio para fazer com que ele receba o público em grande estilo”, destacou o diretor do museu, Alexander Kellner. Entre as áreas que serão priorizadas para reforma estão a sala do trono e a sala do imperador, que necessita de um reparo no telhado.
Nos últimos anos, o museu enfrentou dificuldades com a falta de investimentos e chegou a ficar fechado em determinados períodos. Para o diretor, no entanto, a expectativa é de melhora a partir do investimento. “Eu estou extremamente otimista porque o Museu Nacional está completando dois séculos de existência e isso não é algo trivial para um país tão jovem como o nosso. A gente precisa mostrar isso para a população”, defendeu.
Inicialmente o Museu foi instalado no Campo de Santana, no centro do Rio, mas depois foi transferido para o Palácio de São Cristóvão, na Quinta da Boa Vista. O local foi residência das famílias real portuguesa e imperial brasileira e é um bem tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
O valor previsto no contrato assinado hoje corresponde à terceira fase do plano de recuperação do museu, que tem um total de R$ 28,5 milhões. Mais R$ 24 foram milhões investidos nas fases anteriores. Os recursos serão usados também para o fortalecimento da gestão da instituição, com ações de aprimoramento e esforços para a constituição de um fundo patrimonial (endowment) que contribua para o futuro das atividades do museu.
Segundo a chefe do Departamento de Economia da Cultura do BNDES, Luciane Gorgulho, o projeto do Museu Nacional é o segundo maior na área de patrimônio histórico, entre os já apoiados pelo banco.
“Nesse projeto a gente trabalhou muito a questão do modelo de sustentabilidade da instituição, como ela vai sobreviver outros 200 anos”, apontou. Luciane Gorgulho acredita que o investimento vai impactar não só o próprio museu, mas a comunidade do entorno de São Cristóvão, podendo inclusive gerar empregos. Com informações da Agência Brasil.