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Em meio à pressão de seu próprio partido, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) disse nesta quarta-feira (6) que não há chances de ele não ser candidato à Presidência.
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Na segunda-feira (4), ele perdeu a paciência com tucanos que criticaram a falta de coordenação nessa etapa da corrida eleitoral e a dificuldade do pré-candidato em deslanchar nas pesquisas.
Nesta quarta, o tucano afirmou que não havia estresse e que todo grande partido tem divergências. Questionado sobre as chances de não ser o nome de seu partido para disputar o Palácio do Planalto.
"Isso não existe. Claro que tudo está nas mãos de Deus. Eu preciso estar vivo", afirmou Alckmin.
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Em sabatina promovida pelo jornal Correio Braziliense, o ex-governador disse já ter fechado aliança com algumas legendas, mas se recusou a dizer quais eram.
"Vamos fazer uma grande aliança. Já temos hoje cinco partidos. Não tenho divulgado porque quero que eles divulguem", disse Geraldo Alckmin.
Patinando em todas as pesquisas eleitorais, ele disse não se impressionar com esta questão.Ao falar de economia, o ex-governador disse ser favorável a privatizações.
"Pretendo privatizar o máximo que eu puder", afirmou, embora tenha se comprometido a não privatizar o Banco do Brasil e a "prospecção de petróleo da Petrobras".
O tucano também reduziu sua expectativa de tempo para zerar o déficit primário. Se em maio falava em dois anos, agora disse que, se possível, quer fazer isto em um ano e meio.
A conta negativa deve chegar ao fim do ano em R$ 159 bilhões. O atual cronograma do governo prevê que o deficit seja zerado em 2021 (em três anos).
O tucano também falou que quer "aperfeiçoar" a reformada legislação trabalhista, mas não entrou em detalhes.
Durante a sabatina, Alckmin comentou os casos de corrupção que atingem o partido e repetiu que o PSDB não irá passar a mão na cabeça de ninguém.
Depois do evento, questionado sobre a notícia de que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso recorreu a Marcelo Odebrecht para angariar fundos para a campanha ao Senado de dois tucanos em 2010, disse que a postura seria a mesma.
"Não mudamos. Todos estão submetidos à lei. Ninguém pode estar acima da lei. O que precisar, investigue-se", afirmou Geraldo Alckmin.