© Paulo Whitaker/Reuters
Com a oscilação do dólar, que chegou a R$ 3,84 na quarta (6) e caiu a R$ 3,71 nesta sexta (8), muitos brasileiros estão preferindo viajar pelo Brasil, em vez de ir para o exterior.
PUB
Segundo a Abav (Associação Brasileira de Agências de Viagens), 65% dos pacotes reservados para as férias de julho são para destinos nacionais, com preferência para cidades do Nordeste. Em anos anteriores, a média de viagens nacionais ficava em 50% ou menos.
No buscador de viagens Kayak, os dez destinos com o maior aumento nas pesquisas são nacionais, considerando as buscas feitas no país nos meses de abril e maio de 2017 e 2018. Nesse período, São Paulo foi a que mais cresceu nas buscas (331%), seguida por Recife (270%) e Fortaleza (268%).
Somente em maio as buscas de passagens para cidades brasileiras foi 6% maior do que a média de todo o primeiro trimestre de 2018.
Para o porta-voz da plataforma, Eduardo Fleury, o momento também é bom para conhecer cidades na América do Sul como Buenos Aires, que também registrou crescimento na pesquisa. A capital argentina é a sétima mais procurada em toda a plataforma e ficou mais barata para os bolsos brasileiros, já que o peso está desvalorizado.
Além disso, se a ideia é viajar apenas nas férias de verão, a dica é esperar até o segundo semestre para comprar as passagens. Os melhores preços costumam aparecer quatro meses antes da data de embarque desejada.
Também de acordo com Fleury, ainda dá para pensar em viajar para destinos que usam dólar. "É questão de pensar melhor no roteiro", diz.
Esse planejamento inclui reservar hotel de categoria inferior do que a desejada e comparar os gastos de diferentes tipos de transporte -carro alugado e transporte público, por exemplo.
Outra alternativa é optar por viajar em feriados. Dá para emendar seis dias entre a proclamação da República (15 de novembro) e o Dia da Consciência Negra (20 de novembro), no caso de São Paulo e outras cidades brasileiras que têm o feriado.
Nesses casos, se o viajante puder embarcar durante o feriado e voltar depois, a economia no preço da passagem aérea é de, em média, 15%. Com informações da Folhapress.