© Divulgação/Polícia Civil
Uma decisão da Justiça autorizou a transferência da travesti Kellyta Rodrigues de Sousa, de 29 anos, para um presídio feminino. Kellyta foi presa na última quinta-feira (7) suspeita de assassinar outra travesti, conhecida como Vitória Castro, em abril do ano passado, após desentendimento em ponto de prostituição.
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Registrada no nascimento como Samuel, Kellyta teve os seus direitos desrespeitados com prisão em cadeia masculina, segundo o juiz Antonio Dantas de Oliveira Júnior. "Os direitos humanos precisam sair do papel e serem cumpridos, é que o discurso, por si só, é um natimorto", escreveu o magistrado na sentença.
O defensor público Sandro Ferreira Dias, responsável pela ação, explicou que a suspeita tem "expressão física de mulher e personalidade feminina", o que torna "ilegal a sua manutenção em cadeia masculina".
Kellyta já foi transferida e é mantida em cela isolada na na Cadeia Pública de Babaçulândia, no Tocatins, de acordo com o G1, com informações da Secretaria de Cidadania e Justiça.
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Crime
A presa é suspeita de matar atravesti Vítória Castro em abril de 2017, no Setor Entroncamento. Segundo investigações, Vitória se prostituía no local há vários anos, com outras travestis.
Ainda de acordo com a polícia, Kellyta foi ao local de prostituição e disse que havia comprado o ponto de outra travesti. Sendo assim, todos que trabalhavam no lá tinham de pagar uma taxa a ela, além de percentuais sobre os programas.
A vítima não aceitou e isso se transformou em impedimento para o aliciamento de prostitutas. A discórdia teria motivado o crime. Vitória foi espancada e morreu alguns dias depois com traumatismo craniano.