© REUTERS/Charles Platiau
Deu a lógica em Roland Garros. O espanhol Rafael Nadal bateu o austríaco Dominic Thiem por 3 sets a 0 neste domingo (10), com parciais de 6/4, 6/3 e 6/2, e conquistou o Grand Slam pela 11ª vez na carreira, isolando-se ainda mais como seu maior campeão (o sueco Bjorn Borg, segundo colocado, tem seis troféus).
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A conquista, aliás, só aumenta o impressionante retrospecto do atual número 1 do mundo no saibro francês. Em 13 participações, foram apenas duas derrotas, para o sueco Robin Soderling nas oitavas de final de 2009 e para o sérvio Novak Djokovic nas quartas em 2015 - no ano seguinte, lesionado, ele abandonou o torneio antes da disputa da terceira rodada. Já nesta edição de 2018 especificamente, o espanhol perdeu apenas um set na campanha vitoriosa, nas quartas de final contra o argentino Diego Schwartzman.
Se existe alguém páreo para Nadal numa decisão de Roland Garros, este alguém parecia ser Thiem, o responsável pelas últimas duas derrotas do "Rei do Saibro" na superfície preferida - em Roma no ano passado em Madri neste ano.O começo de jogo na quadra Philippe Chatrier, porém, já deu mostras de que a supremacia seria mantida - avassalador, Nadal conquistou os sete primeiros pontos e quebrou o serviço do rival logo no segundo game.
O austríaco devolveu a quebra no terceiro game e os dois seguiram confirmando os serviços, não sem certa dificuldade - após o sexto game o jogo já se estendia por 40 minutos. Thiem, no entanto, abusou dos erros quando não podia. Sacando em 4/5, sequer ganhou pontos e voltou a ser quebrado.
O segundo set começou como o primeiro - quebra de Nadal e 2 a 0 a favor do espanhol. Thiem teve a chance de devolver a quebra no quinto game, mas o número 1 se salvou e depois manteve desempenho sólido para fechar a parcial em 6/3.
Eficiente, o espanhol de 32 anos seguiu absoluto na partida na terceira parcial e conseguiu nova quebra no terceiro game. Nem um incômodo no punho esquerdo que o fez pedir atendimento em duas ocasiões impediu que a contagem regressiva para o 11º título de Nadal em Paris continuasse: ele conseguiu uma nova quebra no sétimo game antes de sacar para fechar em 6/2 depois de 2h42min de partida.
Em francês, Nadal iniciou a entrevista após a final elogiando Thiem, que, aos 24 anos e na oitava colocação do ranking, disputou neste domingo a sua primeira final de Grand Slam. "Ele teve duas semanas incríveis. É um grande amigo, e o circuito precisa de jogadores como ele", destacou, apontando a final como "o melhor jogo do torneio".
Ao responder a segunda pergunta, o espanhol se enrolou no idioma e pediu desculpas à plateia, que o aplaudiu efusivamente. Em inglês, Nadal declarou estar "muito feliz" e que foi "ao limite" depois de sentir o problema físico no terceiro set. "É impossível acreditar em tudo isso. É mais do que um sonho ganhar pela 11ª vez em Roland Garros". (Folhapress)