Trump e Kim apertam as mãos em encontro inédito

É a primeira vez na história que líderes dos dois países se encontram

© Reuters

Mundo Encontro 12/06/18 POR Folhapress

 

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O presidente americano, Donald Trump, e o ditador norte-coreano, Kim Jong-un, apertaram as mãos em Singapura na manhã desta terça-feira (12; noite de segunda em Brasília), dando início a um encontro histórico e até há pouco inimaginável após décadas de tensões provocadas pelas ambições nucleares de Pyongyang. 

É a primeira vez que um presidente dos EUA em exercício da função se encontra com um líder da Coreia do Norte.

Minutos após se encontrarem no hotel Capella, na ilha de Sentosa, os dois posaram para fotos e se dirigiram a um salão com seus tradutores. Em breve declaração à imprensa, Trump afirmou que esperava que a cúpula fosse "um sucesso" e desse início a "uma excelente relação", ao que Kim assentiu com um sorriso.

+ Trump está 'completamente preparado' para encontro com Kim, diz Pompeo

O ditador norte-coreano então acrescentou: "Foi difícil chegar até. Velhos preconceitos e práticas serviram como obstáculos, mas nós os superamos e estamos aqui hoje". 

Após os cumprimentos, os dois permaneceram juntos por 35 minutos, até por volta de 22h50 (horário de Brasília). Na saída, Kim afirmou que acreditava que o encontro é um "bom prelúdio para a paz". Trump disse concordar e que os dois serão bem-sucedidos.

Em seguida, a reunião passará a ser acompanhada por assessores dos dois lados, e os líderes participarão de um almoço.

A expectativa é que um deles ou ambos concedam uma entrevista coletiva às 4h desta terça (hora de Brasília).

Apesar da aproximação diplomática dos últimos meses, persistem muitas dúvidas sobre a cúpula entre os dois dirigentes.

Trump, que tem pouco mais de 500 dias na Casa Branca, vive um dos momentos mais importantes de sua Presidência no cenário internacional, onde tem desagradado muitos líderes, inclusive alguns dos aliados dos Estados Unidos. 

Em uma série de tuítes postados horas antes do evento em Singapura, Trump indicou que os preparativos do encontro "iam bem". 

"Em breve todos saberemos se pode haver ou não um acordo real, diferentemente dos do passado", tuitou, antes de atacar em outra mensagem os "haters e perdedores" que consideram uma concessão arriscada a Kim, com quem o presidente americano trocou ameaças e insultos durante meses.

O encontro em Singapura deve ser apenas o início de negociações que podem durar meses e até ano para serem finalizadas. Isso se elas forem bem-sucedidas.

Antes do encontro, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, afirmou que o encontro entre Trump e Kim iria estabelecer os parâmetros para o trabalho duro que vai acontecer na sequência. "Vamos ver até onde conseguimos ir", disse Pompeo.

Pouco antes do encontro, Trump afirmou que o principal assessor econômico da Casa Branca, Larry  Larry Kudlow, 70, havia sofrido um ataque cardíaco e estava internado em hospital nos EUA.

De acordo com  Sarah Sanders, porta-voz da Casa Branca, Kudlow estava passando bem. Com informações da Folhapress. 

 

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