© Cesar Itiberê/PR
O MDB quer manter a influência no governo quando o presidente Michel Temer deixar o cargo e, para isso, decidiu incorporar todas as vagas de diretorias disponíveis nas agências reguladoras. Até o final do ano, o partido deve escolher 15 nomes, sendo sete para o comando das autarquias.
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O Senado será o responsável por fazer as indicações e o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Carlos Marun (MDB-RS), fará as negociações. No entanto, em entrevista à Folha de S. Paulo, Marun negou que esteja liderando o processo e lembra que todos os nomes indicados terão de ser referendados pelo Senado.
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O MDB perdeu espaço no Congresso nos últimos meses e deixou de ser a maior bancada devido à migração partidária; esta estratégia de Temer é uma forma de compensar o partido, segundo destaca a Folha.
Cada senador emedebista terá a oportuniade de apadrinhar uma indicação. A iniciativa prevê recompor a relação do presidente com senadores descontentes com o MDB, como Renan Calheiros (AL) e Eunício Oliveira (CE).
A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) é um dos órgãos mais disputados e terá três de suas cinco vagas abertas, incluindo o comando.
A ANM (Agência Nacional de Mineração), criada no fim do ano passado, terá cinco postos a serem preenchidos.
O MDB também deve indicar um nome para a presidência da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) e um para diretoria-geral da Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários).
Além disso, deve haver nomeações para a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), ANS (Agência Nacional de Saúde) e na Ancine (Agência Nacional do Cinema).