© REUTERS/Alexandros Avramidis
Após um braço de ferro de quase três décadas, Macedônia e Grécia finalmente chegaram a um acordo sobre o nome da ex-república iugoslava, colocando fim a uma disputa que bloqueava o caminho de Skopje rumo à União Europeia e à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
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O novo nome do país será "República da Macedônia do Norte", segundo um pacto acertado entre o primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, e o premier macedônio, Zoran Zaev, que assinarão o documento no próximo fim de semana.
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"Tenho uma boa notícia. Agora há pouco, entramos em acordo com o colega macedônio sobre o novo nome da ex-República Iugoslava da Macedônia", declarou Tsipras em Atenas, mas sem anunciar o nome. Simultaneamente, em Skopje, Zaev revelava a seus cidadãos que eles passarão a viver na República da Macedônia do Norte.
"Dissemos sim a esse acordo histórico pelo futuro dos macedônios, pelo futuro de nossos jovens", declarou o primeiro-ministro, acrescentando que o nome respeita a identidade nacional e a língua da Macedônia e abre caminho para a sonhada integração euroatlântica, bloqueada por mais de duas décadas pelo veto sistemático de Atenas.
A Grécia rejeitava o nome "Macedônia" (foto), que também batiza sua província mais setentrional, por acreditar que ele pertence exclusivamente ao patrimônio histórico e cultural helênico e que o jovem país pudesse usá-lo para pretensões territoriais.
Por isso, após a dissolução da Iugoslávia, a Grécia conseguiu que a nação vizinha fosse reconhecida pelas Nações Unidas pelo acrônimo "FYROM", ou "Ex-República Iugoslava da Macedônia" em inglês.
Em abril passado, a Comissão Europeia, à luz dos progressos nas negociações com Atenas, dera parecer favorável à abertura de tratativas para a adesão de Skopje, processo que pode ser acelerado daqui em diante. O acordo, no entanto, precisa ser ratificado pelo Parlamento e será submetido a referendo popular, provavelmente no outono europeu. (ANSA)