PF constata que Geddel esteve em ponto de entrega de propina

Ex-ministro teve o celular rastreado durante as investigações da Operação Cui Bono

© Valter Campanato/Agência Brasil

Política Prova 13/06/18 POR Notícias Ao Minuto

A Polícia Federal rastreou o celular do ex-ministro Geddel Vieira Lima, durante as investigação da Operação Cui Bono, que apura fraudes na liberação de empréstimos da Caixa Econômica, e concluiu que ele esteve nos locais indicados por Lucio Funaro como sendo pontos de entrega de propina.

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Funaro é apontado como operador financeiro do MDB e fechou acordo de delação premiada. Durante os mandados de busca e apreensão, os agentes da PF localizaram com o doleiro planilhas em que constava a saída de dinheiro para o ex-ministro, uma delas datada de 17 de fevereiro.

Um dia depois, por meio do rastreio, a polícia constatou que Geddel esteve no hangar do aeroporto de Salvador, local onde era feito o repasse de dinheiro, conforme Funaro. A polícia cita varias outras datas em que a situação se repetiu.

No relatório, o delegado Marlon Cajado detalha que "[...] a análise do terminal utilizado por Lúcio Funaro – (11) xxxx xxxx – , onde é possível verificar que seu telefone utilizou a antena ou estação rádio-base (ERB) das proximidades do Aeroporto de Salvador/BA, no dia 29/01/2014, precisamente às 19:39:52h. De outro lado, às 19:00h da mesma data de 29/01/2014, a ERB do terminal utilizado por Geddel Vieira Lima, (71) xxxx xxxx, também foi registrada nas proximidades do aeroporto de Salvador/BA".

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De acordo com o relatório, o rastreio do ex-ministro foi possível porque, enquanto estava no local, ele usou o telefone móvel várias vezes, a maioria para falar com o ex-deputado Eduardo Cunha (MDB-RJ). A PF consegue chegar à localização de um investigado quando ele usa o celular porque o aparelho 'se comunica' com a torre de telefonia de cada região.

Geddel foi indiciado na Operação Cui Bono por corrupção passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa e obstrução de investigação. Ainda segundo a PF, os repasses ao ex-ministro chegam a R$ 16,9 milhões.

O delegado chama a atenção para o fato de que a maioria dos pagamentos foi em 2014, “ano que Geddel foi candidato a Senador da República pelo Estado da Bahia. Desse modo, a hipótese criminal identificada é a de que Geddel Quadros Vieira Lima se utilizou da sistemática ilícita engendrada por Lucio Bolonha Funaro visando a ocultação, dissimulação e distribuição de recursos de origem ilícita [...]”.

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