© REUTERS/Alkis Konstantinidis
Todos os jogadores da Suíça que falaram com os jornalistas desde segunda-feira (11), quando a seleção helvética chegou à cidade de Togliatti, na Rússia, foram questionados sobre como parar o Brasil. As respostas pareciam quase combinadas: "Não podemos abrir nossa estratégia".
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A exceção foi Ricardo Rodríguez, lateral-esquerdo do Milan, autor do gol da classificação para a Copa e um dos jogadores mais conhecidos da seleção suíça.
"Nós já mostramos que podemos jogar bem contra os grandes times. Temos uma defesa forte. A grande chave é fazer o gol na chance que tivermos. Não teremos muitas chances. Quando tivermos, tem que aproveitar", disse Rodríguez após o treino -mais uma vez fechado- da Suíça, na Rússia.
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A estratégia de futebol reativo, admitida por Rodríguez, não é exatamente uma novidade. Nos últimos anos, o jogo da Suíça tem essa impressão digital. Um time que se defende bem e tenta machucar o adversário com um ou outro contra-ataque, uma ou outra bola parada.
Foi assim que os suíços venceram a Espanha, na abertura da Copa de 2010 -os espanhóis acabariam sendo campeões do mundo. Foi assim que eles seguraram o 0 a 0 com a Argentina até o último minuto da prorrogação na Copa de 2014, no Brasil.
"A diferença é que agora temos mais talento", diz Gelson Fernandes, nascido em Cabo Verde. O volante falou alemão, francês, italiano, inglês e português, todos com perfeição, na entrevista coletiva desta quinta (14). "Perdemos um jogo para Portugal [nas eliminatórias]. Mas também ganhamos um jogo deles. E empatamos com a Espanha. Foi um jogo importante para saber em que nível estamos, já que nas eliminatórias não havíamos sofrido tanto", disse, referindo-se ao amistoso disputado em maio.
"O Brasil é um dos favoritos a ganhar o Mundial, mas nós somos bons em partidas assim", avisa Rodríguez. (Folhapress)