© Marcos Corrêa/PR
O Ministro da Justiça, Torquato Jardim, criticou a postura da Polícia Federal em relação às últimas informações sobre a Operação 'Cui Bono?' e o envolvimento do presidente da República, Michel Temer, na compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (MDB-RJ) e do delator Lúcio Funaro.
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A PF se refere ao dia 7 de março de 2017, em que Temer foi gravado em encontro fora da agenda por Joesley. Na conversa, o delator narrou ao presidente a suposta ajuda financeira a Cunha e Funaro com o objetivo de que não firmassem acordos de colaboração com as autoridades.
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Jardim afirmou, de acordo com informações da coluna Painel, da Folha de S. Paulo, que a corporação está engajada, “manipulando diálogos e fazendo vazamentos”. Em relatório sobre à operação, a PF apenas cita o presidente, já que não pode indiciá-lo por causa do foro privilegiado.
Ainda conforme o ministro, a sua "preocupação é institucional". "Há quebra de lealdade entre as instituições”, avaliou.
A Operação 'Cui Bono?' apura desvios na Caixa Econômica. O documento de conclusão do inquérito indicia 16 pessoas, entre elas Cunha, o ex-ministro Geddel Vieira Lima, Funaro e executivos dos grupos Bertin, Constantino - Henrique Constantino, dono da Gol -, Marfrig e J&F.