© KCNA/Reuters
O presidente americano, Donald Trump, disse nesta sexta-feira (15) que deu um número de telefone direto seu para o ditador norte-coreano, Kim Jong-un, durante o encontro entre os dois em Singapura, na última terça (12).
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A informação foi divulgada pelo próprio presidente durante uma entrevista coletiva na Casa Branca.
"Eu tenho um bom relacionamento com Kim. Isso é algo muito importante", afirmou. "Eu posso ligar para ele e dizer: 'Bom, temos um problema'. Ele pode me ligar, se tiver qualquer dificuldade. Nós temos comunicação, e isso é ótimo."O americano revelou que pretende ligar neste domingo (17) para o norte-coreano para os dois conversarem, mas não revelou quais temas serão tratados -nem detalhou se o número direto que deu a ele era o do seu celular.
Trump voltou a defender o encontro com o ditador, que foi o primeiro de um presidente americano em exercício com um líder da Coreia do Norte. A família de Kim está no poder desde a fundação do país, e ele mantém forte opressão sobre a população, além de centenas de presos políticos em campos de trabalho forçado.
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A brutalidade do regime já foi criticada enfaticamente inclusive por Trump, que o chamou de "cruel" e "depravado" em pronunciamento no início do ano.
"Eles [críticos] dizem: 'Ah, Trump concordou em se encontrar com ele'. É claro que eu concordei. Se não, teríamos uma guerra nuclear", afirmou o americano, em entrevista à emissora de TV Fox News.
A uma repórter em frente à Casa Branca, foi ainda mais incisivo: "Quer saber por quê [eu me encontrei com ele]? Porque eu não quero ver uma arma nuclear destruir você e a sua família".
O americano disse que teve "boa química" com Kim, e chegou a afirmar que ele é um forte líder. "Ele fala e o povo ouve com atenção. Eu quero que meu povo faça o mesmo", declarou. Depois, Trump disse que estava brincando e que usou de sarcasmo na afirmação.
O documento assinado por Kim e Trump nesta semana estabelece o compromisso de desnuclearização total da península Coreana, mas foi recebido com certa frustração por especialistas, por não estabelecer um cronograma e passos concretos para a tarefa.
Trump defendeu a declaração, disse que ela suspende a ameaça de uma guerra e que, com o bom relacionamento que tem com o país, as próximas etapas rumo à desnuclearização serão cumpridas "o mais rápido possível".
Ao final da entrevista, ele ainda voltou a defender a inclusão da Rússia no G7, como fez na semana passada. "É como com a Coreia do Norte. É muito melhor se nos dermos bem com eles do que não." Com informações da Folhapress.