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O curador do Prêmio Jabuti, Luiz Armando Bagolin, pediu demissão do prêmio na tarde desta sexta-feira (15). A decisão vem após Bagolin se envolver em polêmica com as críticas direcionadas às mudanças que ele realizou no prêmio.
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Em carta aberta, ele disse que, em 60 anos de prêmio, profissionais do mercado editorial se acostumaram a ditar as regras do troféu literário e que acha isso um erro.
"O que realmente importa em minha divergência é alertar para o fato de que há indivíduos que estão agindo contra o novo projeto apenas para defender interesses pessoais e comerciais", escreveu ele.
Em seu segundo mandato à frente do troféu, Bagolin reduziu as 29 categorias do Jabuti a 18 - o que incluiu a fusão de obras infantis em juvenis em um grupo só. As duas categorias de ilustração para cada uma das áreas também viraram uma, que não é específica para obras voltadas a jovens e crianças. Agora, infantis e juvenis concorrem nesse ponto com outros tipos de livros.
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A medida gerou uma discussão nas redes sociais entre Bagolin e representantes da cena infantojuvenil. Em resposta a uma coluna publicada pelo produtor cultural Volnei Canônica no site Publishnews, o curador disse que o autor pedia a readmissão das categorias de ilustração infantil e juvenil no prêmio por "defesa indefectível" de seu marido, o ilustrador e autor de livros infantis Roger Mello.
Após o comentário, Bagolin foi acusado pelo casal de homofobia. Canônica e Mello tiveram o apoio de outros profissionais que atuam na literatura infantojuvenil, que desde então têm protestado nas redes sociais. Com informações da Folhapress.