Em 4 meses, intervenção teve muitos tiroteios e pouco investimento

Medida de segurança 'parece se resumir a incursões em comunidades, cada vez maiores e caras', diz Observatório da Intervenção

© Fernando Frazão/Agência Brasil

Brasil Rio 16/06/18 POR Estadao Conteudo

Neste sábado, 16, dia em que se completam quatro meses de intervenção federal na segurança pública do Estado do Rio, o Observatório da Intervenção, grupo composto por especialistas independentes para acompanhar e fiscalizar a intervenção, divulgou um balanço com estatísticas e críticas à medida adotada pelo governo federal. As principais reclamações são o aumento de tiroteios - em maio ocorreram 36% mais do que em fevereiro, segundo o grupo - e a suposta falta de investimento em investigações e ações de inteligência.

PUB

"A intervenção federal parece se resumir a incursões em comunidades, cada vez maiores e caras", afirmou, em nota, a cientista social Sílvia Ramos, coordenadora do Observatório da Intervenção e do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania. "Dados do Fogo Cruzado mostram que o número de tiroteios em maio foi 36% maior do que o registrado em fevereiro. Precisamos de inteligência, medidas estruturantes, de integração das forças, de combate à corrupção e diálogo com a sociedade. A intervenção prometeu tudo isso. Mas está entregando operações, tiroteios e mais mortos em confrontos, inclusive policiais", conclui a nota.

Segundo o Observatório, que usa dados do aplicativo Fogo Cruzado, desde 16 de fevereiro foram registrados no Estado do Rio 3.210 tiroteios. Nos quatro meses anteriores haviam ocorrido 2.355, o que indica um aumento de 36% após a intervenção.

+ Jungmann sugere que intervenção no Rio seja prorrogada por mais um ano

O grupo destaca que a operação que reuniu o maior número de agentes de segurança (5.370, entre as forças estadual do Rio e federal) ocorreu em 7 de junho, em seis favelas de Jacarepaguá (zona oeste do Rio) , e resultou em 13 presos, um morto, três pistolas e uma granada apreendidas. "Operação mega, resultado micro", classifica o Observatório. "Quanto custou essa operação?", pergunta o grupo. "Dados do Ministério da Defesa mostraram que, em fevereiro e março, os custos variaram entre R$ 472 mil e R$ 1,7 milhão por operação".

O Observatório acusa as forças de segurança de não prestar informações sobre as ações de segurança. "O Observatório enviou às polícias fluminenses 77 requerimentos baseados na Lei de Acesso à Informação, em 7 de maio; 37 foram indeferidos em 7 de junho, e os outros não foram respondidos até agora".

O grupo registra ainda que até agora não foram identificados os responsáveis pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. O crime ocorreu em 14 de março.

Procurada pela reportagem, a secretaria estadual de Segurança do Rio informou que não vai se manifestar sobre esse balanço do Observatório. Com informações do Estadão Conteúdo.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

brasil AVIÃO-SP Há 22 Horas

Avião de pequeno porte cai em Ubatuba, no litoral de São Paulo

economia INSS-BENEFÍCIOS Há 4 Horas

Saiba quem pode pedir revisão do benefício do INSS em 2025

economia Imposto de Renda Há 4 Horas

Sem aprovação de lei, tabela do IR fica congelada em 2025

fama BÁRBARA-EVANS Há 3 Horas

Bárbara Evans abre o jogo sobre relação difícil com a mãe, Monique Evans

mundo Espanha Há 6 Horas

Homem que ganhou R$ 6,4 milhões na loteria é encontrado morto em casa

fama Fernanda Torres Há 4 Horas

Atriz que recusou papel de Fernanda Torres confessa arrependimento

fama Paris Hilton Há 6 Horas

Paris Hilton mostra mansão totalmente destruída pelo fogo; veja o vídeo

fama GKAY-HUMORISTA Há 23 Horas

Gkay diz que paga salário mensal para a família

tech Em queda Há 14 Horas

Buscas sobre como excluir Facebook e Instagram sobem após mudanças na Meta

esporte Real Madrid Há 23 Horas

Roberto Carlos nega estar morando no CT do Real Madrid e pode acionar TV espanhola na Justiça