© REUTERS/Clodagh Kilcoyne
O número de pessoas obrigadas a fugirem das próprios casas devido a guerras, violências e perseguições atingiu um novo recorde pelo quinto ano consecutivo. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), 2017 registrou 68,5 milhões de deslocamentos forçados, com 2,9 milhões a mais que em 2016.
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O dado foi apresentado hoje (19) no relatório anual "Relatório Mundial sobre Tendências em Deslocamento Forçado", do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).
A crise na República Democrática do Congo, a guerra no Sudão do Sul e a fuga de milhares de refugiados rohingyas de Mianmar para Bangladesh elevaram os deslocamentos forçados a um nível recorde no ano passado.
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Dos 68,5 milhões de deslocados forçados - equivalente quase à população total da Tailândia -, cerca de 25,4 milhões deles foram obrigados a fugir de guerras e perseguições, ou seja, são refugiados. Outros 40 milhões são deslocados internos e 3,1 milhões são requerentes de asilo.
Considerando todos os países do mundo, a média é de uma pessoa a cada 110 como deslocada forçada. "Estamos em um ponto de inflexão e para que a gestão dos deslocamentos forçados no mundo tenha êxito é necessário um enfoque muito mais integral, que não deixe apenas nas mãos dos países e das comunidades estas iniciativas", afirmou o Alto Comissário da ONU para os Refugiados, Filippo Grandi. (ANSA)