Com medo de hackers, seleções usam VPN e conexões superseguras

Vazamento de fotos privadas de jogadores ou mensagens trocadas entre membros de comissões técnicas poderiam ter consequências catastróficas

© Reuters

Tech protegidos 19/06/18 POR Notícias Ao Minuto

Preocupadas com a cibercriminalidade na Rússia, as seleções estão usando VPNs e conexões próprias, com redes ultrasseguras, tudo planejado em reuniões prévias com autoridades governamentais.

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O vazamento de fotos privadas dos jogadores ou mensagens trocadas entre membros das comissões técnicas, por exemplo, poderia ter consequências muito ruins para as equipes, o que justifica a preocupação reforçada.

Como relata a AFP, o corpo técnico da Federação Australiana está utilizando aparelhos mifi (routers sem fio que permitem conexão 4G), que, associados a uma VPN (rede privada virtual), aumentam a segurança das comunicações. Os jogadores da equipe também foram orientados a não utilizarem redes wi-fi não seguras, entre outros procedimentos que garantem a segurança virtual.

Os governos de vários países deram esse tipo de orientação às suas seleções. Na Inglaterra, por exemplo, o National Cyber Security Center (NCSC) advertiu o time sobre todas essas questões.

+ Cristiano Ronaldo é o jogador com mais seguidores nas redes sociais

A Agência Francesa de Segurança de Sistemas de Informação (ANSSI) também admitiu que "teve conversas com a seleção da França". Foi passada "uma mensagem bastante genérica, um pouco como os conselhos que se dão às pessoas em viagens de negócios", explicou o diretor-geral da instituição, Guillaume Poupard.

Será que o risco de cibercrimes na Rússia é tão grande assim?

Incidentes anteriores levam as delegações a se precaverem. Como, por exemplo, o fato do grupo Fancy Bear, apresentado como próximo às autoridades do país, ter divulgado trocas de e-mails entre membros do COI (Comitê Olímpico Internacional) após a suspensão de esportistas russos por doping.

No entanto, Nicolas Caproni, consultor da ANSSI, aponta que o contexto agora é diferente, pois a Rússia está sediando a Copa e quer "se servir do evento para melhorar sua imagem".

O público em geral também deve ficar atento, pois as armadilhas virtuais podem ser as mais variadas: falsos sites de apostas, visualização de partidas em 'streaming' ilegal com códigos maliciosos, falsas páginas de venda ou revenda de entradas, entre outras. "O objetivo mais frequente é recuperar dados bancários", afirma a empresa de cibersegurança FireEye.

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