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Por unanimidade, o ex-presidente do Panamá Ricardo Martinelli (2009-2014), de 66 anos, será mantido preso na penitenciária panamenha El Renascer, nos arredores da capital (Cidade do Panamá). A decisão é dos nove magistrados da Suprema Corte do país.
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Condenado a 21 anos de prisão, Martinelli foi considerado culpado por coordenar um esquema de escutas telefônicas contra mais de 100 pessoas. Ele se disse perseguido politicamente.
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Martinelli já havia sido extraditado dos Estados Unidos e agora os advogados queriam que ele fosse beneficiado com a medida de "prisão domiciliar". O julgamento ocorreu sem a presença do ex-presidente.
Para os magistrados, a defesa de Martinelli não conseguiu demonstrar "a existência de qualquer elemento novo que permitisse sustentar a mudança da medida de prisão provisória".
A decisão do plenário refutou os dois argumentos apresentados pela defesa: o estado de saúde de Martinelli e a privação de liberdade durante um ano nos Estados Unidos em razão do pedido panamenho de extradição, que os advogados interpretaram que devia se considerado como "abono" à prisão preventiva ditada pela Corte.
Quanto à saúde do ex-presidente, os juízes indicaram que Martinelli sofre de doenças crônicas que podem ser tratadas com medicação. O promotor Carlos Herrera Morán disse que a decisão de manter o ex-presidente preso foi "justa, pois este o senhor apresenta um risco de fuga". Com informações das agências Brasil e EFE.