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O ministro do Interior da Itália, Matteo Salvini, anunciou nesta quinta-feira (21) o fechamento dos portos do país para o navio da ONG Lifeline, que resgatou 224 pessoas no Mar Mediterrâneo.
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Segundo o secretário da ultraconservadora Liga, a entidade deve levar sua "carga de seres humanos" para a Holanda, país de bandeira da embarcação. "Os navios dessas pseudo-ONGs não tocarão mais o solo italiano", acrescentou.
A postura repete o procedimento já adotado com o navio Aquarius, operado por SOS Méditerranée e Médicos Sem Fronteiras e forçado a navegar até a Espanha após ter sido impedido de atracar na Itália e em Malta.
Roma acusa a Lifeline de ficar em águas territoriais da Líbia para socorrer migrantes forçados assim que eles deixam a costa do país africano - nessa área do Mediterrâneo, o resgate deve ser feito pela Guarda Costeira de Trípoli.
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"A ONG Lifeline age em águas líbias e fora das regras e do direito internacional. Embarcaram 250 náufragos [224] sem ter os meios técnicos para garantir sua incolumidade", atacou o ministro de Infraestrutura e Transportes da Itália, Danilo Toninelli, que pertence ao Movimento 5 Estrelas (M5S), mas se mostra bastante alinhado com a Liga.
A entidade, no entanto, diz ter resgatado as pessoas em águas internacionais, em "linha com as regras", e aguarda a indicação de um porto seguro para atracar. A Holanda, por sua vez, afirma que o navio não está registrado no país e ressalta que a Lifeline é uma ONG alemã.
Após o posicionamento do governo holandês, Toninelli e Salvini pediram a apreensão da embarcação, mas sem que os migrantes desembarquem na Itália. "Há um navio de uma ONG alemã que fica como chacal em frente à Líbia. O governo holandês disse que [o navio] não está registrado, então é um navio fantasma, pirata.
Meu objetivo é colocar em segurança aquelas pessoas, possivelmente não na Itália, mas em Malta, e depois trazemos o navio para a Itália", afirmou o ministro do Interior.
Roma está negociando com Líbia e Malta para encontrar uma solução. Desde o início do ano, 16.228 migrantes forçados desembarcaram em portos italianos, o que representa uma queda de 77,44% em relação ao mesmo período de 2017. Com informações da ANSA.