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O barco da Organização Não-Governamental (ONG) alemã 'Lifeline' continua no mar Mediterrâneo, perto de Malta, à espera de algum país que lhe permita atracar com cerca de 230 imigrantes a bordo, noticiou neste sábado (23) a agência espanhola EFE. O porta-voz da organização, Axel Steier, revelou que a embarcação tem atualmente "230 imigrantes resgatados" nas últimas horas e provisões que só dão até segunda-feira (25).
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O mesmo responsável informou que o número de imigrantes socorridos a bordo, depois da organização ter anunciado na quinta-feira (20) que tinha prestado assistência a 224 pessoas no Mediterrâneo.
Posteriormente, o 'Lifeline' participou no resgate de 113 imigrantes, que foram localizados numa embarcação mercantil.
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Steier confirmou que "continua a esperar instruções" das autoridades da Itália e de Malta para poder desembarcar os imigrantes em algum porto.
Segundo ele, a situação a bordo "é calma", "não há nenhum ferido grave" e entre os imigrantes há pelo menos quatro crianças, que estão acompanhadas dos seus familiares, sem descartar a possibilidade de haver mais menores a bordo.
Entretanto, passaram mais de dois dias desde que o barco aguarda no mar um porto seguro depois da Itália e Malta terem recusado a aproximação da embarcação.
As autoridades maltesas justificaram a atitude dizendo que "o barco não comunicou estar em situação de perigo", além disso, alegam que não são responsáveis pelo fato do 'Lifeline' navegar com sobrecarga, já que tem uma capacidade para 50 pessoas e leva a bordo 230.
Malta explicou que se limitará a "controlar" e "proporcionar assistência a casos médicos urgentes ou a qualquer outra emergência".
Por outro lado, o ministro do Interior italiano, Matteo Salvini, deixou claro que o país não permitirá a entrada nos seus portos dos barcos das ONG que prestam assistência aos imigrantes no Mediterrâneo e ameaçou a tripulação do barco, com bandeira holandesa, com prisões, caso tentem atracar em Itália.
O titular das Infraestruturas e Transportes de Itália, Danilo Toninelli, exigiu na sexta-feira que Malta receba o barco e insistiu para que a União Europeia intervenha para "remediar a falta de humanidade de Malta" e para "não incentivar as saídas das chamadas barcaças da morte", que transportam imigrantes vindos do norte de África.