© Adriano Machado / Reuters
O pré-candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, tem aparecido com pouca representatividade entre as mulheres. Na última pesquisa Datafolha, a preferência pelo seu nome é quatro pontos percentuais menor entre as eleitoras, quando comparada à opinião dos homens.
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Miguelina Vecchio, presidente da Ação da Mulher Trabalhista, movimento de mulheres do PDT, acredita que um episódio em especial é responsável pela má impressão: o momento em que Ciro, na campanha de 2002, quando questionado sobre o papel que a então companheira, a atriz Patrícia Pilar, teria durante um possível governo, respondeu "dormir comigo". Sobre o assunto, o presidenciável já disse que foi “o maior erro” que cometeu na vida.
“O episódio com certeza virá à tona porque são poucos os elementos críticos que os candidatos adversários têm contra ele”, afirmou ela.
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Diante do cenário e para tentar desconstruir a imagem de machista do pedetista, o partido já prepara uma estratégia. Deve contar com um capítulo no programa de governo voltado a políticas de igualdade de gênero, além de, segundo a Folha de S. Paulo, gravar depoimentos com as ex-mulheres do presidenciável: a própria Patrícia Pillar e a ex-senadora Patrícia Saboya.
“As duas falam muito bem dele e dizem que ele não tem nada de machista. Ele é um homem de mentalidade moderna e de respeito às mulheres”, disse o coordenador da campanha eleitoral e irmão do pré-candidato, Cid Gomes.
Ciro também acena com a chance de ter metade da equipe ministerial formada por mulheres. Na avaliação de Vecchio, se a campanha do pedetista não tiver um olhar para as questões femininas, ele não ganhará a disputa eleitoral.