Sem seus principais nomes, PSDB celebra aniversário de 30 anos

Principal nome da festa foi o ex-governador de São Paulo e presidente nacional do PSDB, Geraldo Alckmin, pré-candidato à Presidência

© Adriano Machado / Reuters

Política FUNDAÇÃO 27/06/18 POR Folhapress

Sem as principais estrelas tucanas, o PSDB comemorou, nesta terça-feira (26), seus 30 anos de fundação em um evento tímido num salão no subsolo de um hotel em Brasília.

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O principal nome da festa foi o ex-governador de São Paulo e presidente nacional do PSDB, Geraldo Alckmin, pré-candidato à Presidência da República, que atinge, no máximo, 7% na pesquisa Datafolha, atrás de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Jair Bolsonaro (PSL), Marina Silva (Rede) e Ciro Gomes (PDT).

Nomes como o presidente de honra do partido, Fernando Henrique Cardoso, o senador e ex-presidente do partido Tasso Jereissati (CE), o ex-prefeito da capital paulista e pré-candidato ao governo de SP, João Doria, e o atual prefeito paulistano, Bruno Covas, não apareceram.

Ex-presidente do PSDB que se tornou um peso para o partido desde que foi gravado pedindo R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista, da JBS, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), também não foi ao evento. O senador José Serra (PSDB-SP) chegou ao final da reunião.

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"Foi todo mundo convidado. Quem pôde vir, veio", disse o tesoureiro do partido, deputado Sílvio Torres (PSDB-SP).

Depois de reuniões com educadores e com o senador Agripino Maia (RN), ex-presidente do DEM, Alckmin chegou ao hotel onde houve a comemoração para uma reunião da executiva nacional da legenda.

Na reunião, diante de um banner onde se lia "PSDB 30 anos", definiu-se a divisão dos cerca de R$ 185 milhões de fundo eleitoral que o partido terá para financiar suas campanhas neste ano.

Serão R$ 55 milhões para as mulheres, seguindo decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de destinar 30% dos recursos para candidaturas femininas; R$ 43 milhões para a campanha presidencial; outros R$ 43 milhões para candidaturas proporcionais; e os demais R$ 43 milhões para governadores e senadores.

"Estamos fazendo o máximo possível de viagens só em avião de carreira e vamos fazer uma campanha modesta. Acho que [o baixo orçamento] não vai prejudicar", disse Alckmin.

O teto de gastos de campanha presidencial nesta eleição foi fixado em R$ 70 milhões. A título de comparação, em 2014, Aécio gastou R$ 275 milhões, atualizados pela inflação, para tentar chegar ao Palácio do Planalto.

Diante das queixas de Doria por causa do valor a ser destinado para a disputa em São Paulo, principal colégio eleitoral do país, Alckmin disse que seu correligionário terá entre 30% e 35% do teto de R$ 21 milhões. Aliados de Doria queriam que o partido bancasse integralmente este valor.

CAMPANHA

Na reunião desta terça-feira (26), tucanos discutiram três possibilidades de data para realizar a convenção do partido, em São Paulo: 21 de julho, 28 de julho ou 4 de agosto.

Eles ainda anunciaram o lançamento de um site nesta quinta-feira (28) para receber de internautas propostas para o programa de governo.

Na parte do encontro aberta à imprensa, foi exibido um vídeo em comemoração aos 30 anos do partido. Na peça, aparecem imagens antigas de tucanos, como FHC e Aécio, e um narrador enumera feitos econômicos promovidos por integrantes do PSDB, como a criação do Plano Real.

"Nos últimos dez anos, o Brasil andou para trás. Agora chegou a hora de dar um novo salto", diz Alckmin no vídeo.

Após o evento, em que foi o único a discursar, o ex-governador tucano disse esperar o apoio do blocão formado por DEM, PP, SD, PRB e PSC. Juntos, estes partidos têm, aproximadamente, 150 segundos de TV.

Sobre o MDB, partido que o PSDB tem evitado tanto nacionalmente como nos estados, o presidenciável afirmou que tem respeitado partidos com pré-candidato. O partido do presidente Michel Temer discutirá na semana que vem a manutenção da candidatura do ex-ministro Henrique Meirelles. Com informações da Folhapress.

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