© Grigory Dukor/Reuters
Camisa 2 da seleção e autor do segundo gol do Brasil diante da Sérvia, Thiago Silva reescreveu memórias na mesma Moscou onde quase morreu. O zagueiro do time canarinho, enquanto jogava na mesma posição no Dínamo, em 2005, foi diagnosticado com tuberculose e teve que ficar de molho por cinco meses em um hospital russo.
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"Um dos piores momentos da minha carreira e vida pessoal foi aqui. Graças a Deus, agora está sendo bem proveitoso para mim. Não só em Moscou, mas na Rússia em geral tenho tido equilíbrio muito grande e os jogos vão me dando confiança", disse Thiago, após o jogo, nessa quarta-feira (27), em entrevista ao Globo Esporte.
Na época, pelo quadro grave do jogador, os médicos cogitaram retirar o pulmão do atleta. O episódio daria fim à carreira dele, no entanto, a família não autorizou. O anjo da guarda de Thiago apareceu logo depois. Ivo Worttmann, ex-treinador de Silva, no Juventude, começou a comandar o Dínamo. Graças a ele, o zagueiro foi tratado por um especialista, em Portugal, que conseguiu curar a doença.
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Um ano depois, Ivo foi contratado pelo Fluminense, pedindo, sem seguida, a contratação de Thiago. A partir daí, a carreira deslanchou e, quatro anos depois, foi escalado para estar na Copa do Mundo de 2010. O torneio deste ano já é o terceiro carimbado na bagagem do jogador.
"Fico muito feliz e orgulhoso desse grupo. É um grupo que tem um equilíbrio muito grande, inteligência, frieza no momento certo. Era um confronto perigoso e procuramos esfriar ao máximo o jogo quando a bola saia. Mas quando ela estava sendo jogada, a gente jogava com o mesmo intuito. Isso nos faz ter cada vez mais orgulho de cada um", declarou.