© Tânia Rêgo/Agência Brasil
O impasse entre a prefeitura do Rio de Janeiro e os motoristas de transporte alternativo que operam na cidade permanece. Em reunião realizada nesta quinta-feira (28) na Secretaria Municipal de Transportes, não houve nenhuma definição em torno da pauta de reivindicações apresentada pela categoria, que é composta de 15 itens.
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O encontro foi agendado após a paralisação realizada pelos motoristas de vans na última terça-feira (19). Também participaram das conversas vereadores que integram a Comissão de Transportes da Câmara Municipal, que busca intermediar o diálogo. De acordo com Vitor de Souza Rodrigues, representante do Movimento em Defesa do Transporte Alternativo (MDTA), uma nova reunião foi agendada para o dia 11 de julho.
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"Efetivamente não houve nenhuma definição. Foi solicitado que apresentássemos os itens da pauta, embora ela já fosse de conhecimento de muitos dos presentes. Nos foi dito que algumas questões estão na Controladoria Geral do Município e fogem da alçada da Secretaria. Outros itens estariam aguardando parecer da Procuradoria Geral de Município e outros dependiam ainda de estudos", disse Vitor.
Em nota, a Secretaria Municipal de Transportes informou que secretário Diógenes Dantas e técnicos da pasta participaram da reunião, na qual foi recebida a pauta com as reivindicações, necessidades e prioridades dos motoristas de vans. "Reforçamos que o canal com a categoria segue aberto e novos encontros serão realizados a fim de tratar sobre melhorias para os trabalhadores e usuários do transporte complementar atuante na cidade", acrescentou o órgão.
Segundo o representante do MDTA, uma das questões cruciais é a conclusão de um processo de licitação que teve início em agosto de 2016, no qual seriam emitidas 967 novas permissões para operar na zona oeste. Ele também cita a necessidade de reajuste das linhas que são deficitárias, a reorganização dos itinerários e o cancelamento das multas aplicadas por fuga de rota, pois muitos motoristas passaram a circular fora do seu trajeto para garantir uma rentabilidade mínima. Outra reivindicação é a realização de uma licitação para operação na Tijuca.
"São questões que se arrastam desde o governo anterior e não são novidades. Esperamos que, na próxima reunião, eles possam trazer respostas aos nossos questionamentos e assim possamos dar continuação às discussões. Mas não há condições da categoria ficar aguardando estudos e mais estudos que não têm previsão de conclusão. Já estamos sofrendo há anos e chegou num patamar insustentável". De acordo com Vitor, não há por enquanto nenhuma nova paralisação planejada, mas a categoria vem se reunindo em assembleias para discutir os desdobramentos da situação. Com informações da Agência Brasil. Com informações da Agência Brasil.