© PM SP 
A profissional autônoma Stella Avallone, 34 anos, foi detida na tarde de domingo (1º), em São Paulo, por desacato a autoridade durante um protesto contra a violência policial. Ela revelou que foi assediada por um policial militar e revidou o chamando de "vagabundo".
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Segundo destaca o UOL, Stella é uma das organizadoras de um ato realizado por mães de alunos de escola pública que protestavam na avenida Paulista contra o assassinato de crianças nas periferias do Rio de Janeiro.
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Em entrevista, ela contou que a confusão começou após manifestantes liberarem a passagem de um carro que levava uma mulher grávida. Os policiais teriam ficado irritados com a atitude porque queriam que todo o trânsito fosse liberado.
"Como a gente liberou só ela, e não todos os carros, como eles [os policiais] queriam, começaram a gritar b*** de ouro", contou Estela, mencionando um xingamento que faz referência à vagina.
Outra organizadora do ato, Tati Ribeiro, disse que "a polícia começou a fazer provocação para as manifestantes, dizendo que b*** pode passar".
Stella contou ainda que um policial que estava dentro de uma viatura e começou a mandar beijos em sua direção. "Fui até o carro dele questionando a atitude dele como policial. Ele começou a ser cínico, a falar para mim que estava filmando... Aí chamei ele de vagabundo. Uma PM mulher agarrou meu braço e me deu voz de prisão", disse Stella, que foi levada ao 78º DP (Distrito Policial).
"É muito triste. A verdade é isso. É tudo desnecessário. Era um ato pacífico de mães, cheio de mulheres, muitas sofrendo. Não tinha necessidade de provocações", afirmou.
Stella foi liberada pela polícia e disse ainda ter visto homens da PM ao longo de todo o percurso do protesto com gritos de "Bolsonaro presidente", em referência ao pré-candidato do PSL à Presidência, o deputado federal Jair Bolsonaro (RJ).
A SSP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo) afirmou que os policiais que acompanhavam a manifestação tentaram liberar a via para a passagem de um carro, em que uma mulher estava em trabalho de parto, mas que os manifestantes não obedeceram ao pedido. "Durante as negociações, uma mulher ofendeu um dos policiais. Ela foi levada ao 78º DP, onde foi elaborado um termo circunstanciado [de ocorrência] e ela foi liberada em seguida", diz a nota da SSP.
A SSP também afirma que a Corregedoria da PM está à disposição para receber a denúncia de assédio e poder tomar as providências cabíveis.