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Os venezuelanos protestaram nesta segunda-feira (2), em várias regiões do país, contra os baixos salários, a cada vez mais frequente falta de água, de luz, a escassez de alimentos e medicamentos e contra o aumento do preço dos transportes.
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A estes protestos juntaram-se os enfermeiros, que fizeram greve em 26 centros hospitalares, segundo relatou a presidente do Colégio de Enfermeiros do Distrito Capital, Ana Rosário.
"Não estamos dispostos a continuar suportando ameaças e ataques. Não temos medo dos 'coletivos' (grupos de motociclistas armados adeptos ao regime) e envergonhamo-nos de chamá-los homens", disse.
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Por outro lado, Maruo Zambrano, dirigente do sindicado da Federação de Trabalhadores da Saúde (Fetrasalud) responsabilizou o Governo do Presidente Nicolás Maduro pelas "mortes de tantos venezuelanos" devido à crise no setor.
Os enfermeiros dos 26 centros decidiram se manter em greve até serem ouvidos pelas autoridades.
Segundo a imprensa local e usuários do Twitter, ocorreram protestos em La Candelária, San José e Baruta, em Caracas, devido à falta de água, que em alguns casos ocorre há mais de um mês.
Ainda na capital, em Chacaíto (centro-leste) dezenas de pessoas bloquearam o trânsito em protesto pelo aumento do preço das passagens e também pelas deficiências do serviço, pelo qual muitos ônibus estão paralisados devido à falta de peças para manutenção.
Nos Estados de Vargas e de Falcón (norte e noroeste da capital) ocorreram protestos pela falta de água e de energia elétrica.
Em Paracotos (50 quilômetros a oeste de Caracas), os venezuelanos se manifestaram para pedir "transportes e alimentos".
Os protestos contra os baixos salários ocorreram ainda na Universidade Central da Venezuela e no Estado venezuelano de Táchira (sudoeste do país). Com informações da Lusa.