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A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e o ministro do Interior Horst Seehofer chegaram a um acordo nesta segunda-feira (2) para evitar a queda do governo.
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Líder da União Social-Cristã (CSU), tradicional aliada da União Democrata-Cristã (CDU), partido de Merkel, na Baviera, Seehofer havia ameaçado renunciar e retirar seu apoio à chanceler por causa da crise migratória.
O ministro do Interior exigia o fechamento das fronteiras para solicitantes de refúgio já registrados em outros países-membros da União Europeia, para frear os chamados "movimentos secundários" dentro do bloco.
Segundo Merkel, o acordo alcançado nesta segunda prevê a instituição de "centros de trânsito" para esses deslocados externos. Tais locais ficarão na fronteira com a Áustria, e de lá as pessoas serão reenviadas aos países de entrada na UE.
"É uma solução para proteger o espírito europeu e colocar ordem nos movimentos secundários", afirmou, em uma breve declaração à imprensa. A chanceler havia tentado incluir a pauta na cúpula do Conselho Europeu da semana passada, mas não houve consenso sobre os movimentos secundários.
A Alemanha conseguiu fechar acordos bilaterais com alguns Estados-membros para devolver solicitantes de refúgio registrados em outros países, como Espanha e Grécia, porém não com a Itália, principal porta de entrada para deslocados externos na UE.
Merkel governa o país em coalizão com a CSU e com o Partido Social-Democrata (SPD), de centro-esquerda. "Temos um acordo claro. No futuro, impediremos a migração ilegal entre Alemanha e Áustria. Isso mostrou que vale a pena lutar pelas próprias convicções", comemorou Seehofer. Com informações da ANSA.