© Rovena Rosa/Agência Brasil 
O governador de São Paulo, Márcio França (PSB), anunciou nesta terça-feira (3) a retomada de programas e investimentos para a educação estadual parados durante a gestão Geraldo Alckmin (PSDB). As ações envolvem cerca de R$ 430 milhões.
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O prefeito da capital paulista, Bruno Covas (PSDB), participou do anúncio. França é candidato à reeleição no Estado e vai disputar com o ex-prefeito tucano João Doria, que foi substituído na prefeitura por Covas. Alckmin é candidato à presidência.
Entre programas que estavam parados, foram anunciados o retorno de uma prova de mérito, que permite aos professores aprovados terem reajuste salarial (a última havia sido realizada em 2015), uma bolsa para professores fazerem mestrado e doutorado (iniciativa interrompida em 2015) e um projeto que garante visita de estudantes e professores a exposições e espetáculos. Este último programa ainda prevê a reforma de 100 auditórios de escolas. As unidades serão dotadas de sistema para cinema.
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De acordo com o governador, os R$ 430 milhões foram viabilizados com remanejamentos do orçamento da própria secretaria. Ele citou a redução em contratos de transporte escolar como exemplo, sem detalhar.
"Não faltou prioridade [na gestão Alckmin, quando programas foram parados], faltou recurso. A gente pegou os três piores anos do país e o que o governador Alckmin fez foi o possível", disse.
O pacote foi resultado, segundo o governo, de um ciclo de encontros que o secretário de educação do Estado, João Cury, fez em todas as 91 diretorias de ensino. Cury assumiu o cargo em abril.
O Estado vai abrir a contratação de 372 vagas para supervisor de ensino. Também foi reforçada a nomeação de 2.165 professores, que vão atuar em salas do primeiro ao quinto ano -o que já havia sido anunciado neste ano.
Há previsão de obras em 281 escolas, além de compra de itens de mobiliário, como carteiras e armários. Outras 117 escolas do programa de ensino integral receberão melhorias.A rede estadual tem 5,3 mil escolas. São 3,7 milhões de alunos.
Os grêmios escolares passarão a receber a partir deste semestre um valor anual de R$ 5 mil. Segundo Cury, o valor foi acordado com estudantes durante as visitas. Segundo o governo, 95% das escolas têm grêmios com diretorias eleitas pelos alunos.
Cury afirmou que ouviu de alunos problemas recorrentes de falta de professores e de materiais para uso didático. "No gabinete não falam para a gente que não tem dinheiro na escola para comprar cartolina e pincel", disse o secretário ao reforçar a importância de ouvir a rede. Com informações da Folhapress.