© ESO/A. Müller et a
Você já se perguntou como seria o momento do 'nascimento' de um planeta? Pois uma equipe de astrônomos usou a estrutura de telescópios do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) para produzir uma das imagens mais interessantes jamais feitas de um novo planeta ao iniciar sua existência.
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Na imagem, divulgada pela ESO nesta segunda-feira (2), o novo astro aparece navegando no disco de gás e poeira criado pela estrela à qual ele passará a orbitar, noticia o UOL.
Pouco glamuroso, o novo planeta foi batizado de PDS 70b, em função da estrela à qual ele orbitará, a PDS 70. Esta, por sua vez, é uma jovem estrela anã: ou seja, ela gera energia pela fusão de prótons presentes no núcleo de átomos de hidrogênio. O mesmo ocorre com o nosso Sol, que também é considerado uma estrela anã.
O time de astrônomos trabalhou sob a coordenação de um grupo do Instituto Max Planck, em Heidelberg (Alemanha).
A imagem do PDS 70b foi capturada por um telescópio do ESO chamado Sphere, cuja especialidade é tirar fotos de exoplanetas - isto é, de planetas fora do nosso sistema solar. O novo astro está a cerca de 3 bilhões de km de distância de sua estrela. Isso significa que distância equivalente à que existe entre Urano e o nosso Sol.
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Ao analisar o brilho emanado pelo planeta em vários comprimentos de onda diferentes, os investigadores também puderam concluir que o PDS 70b é do tipo gigante gasoso - e é algumas vezes maior que Júpiter, o maior planeta do nosso sistema solar. A temperatura na superfície do PDS 70b é de cerca de 1.000 graus centígrados, mais quente que qualquer planeta na órbita do nosso Sol.
A pesquisa em torno do novo exoplaneta é apresentada em dois artigos científicos, que serão publicados em um periódico especializado em astronomia.
A PDS 70 faz parte da constelação de Centauro.
"Os resultados da equipe liderada por Miriam Keppler, que liderou o time responsável pela descoberta do planeta, abrem uma janela para o complexo e ainda pouco compreendido processo de formação de planetas, e sobre os primeiros estágios dessa formação", afirma o astrônomo André Müller, líder de uma segunda equipe que também investigará o jovem planeta.
Conhecendo a atmosfera e as propriedades físicas do astro, cientistas poderão testar modelos teóricos que explicam a formação dos novos mundos.