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A Uganda implantou nesse domingo (1º) um imposto sobre o uso de redes sociais em todo o país. Para burlar o controle, a busca por VPNs e acessos por meio de redes privadas disparou. O governo já avisou que deve bloquear esses tipos de serviços em breve.
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A nova lei do país africano foi anunciada em maio deste ano e tem gerado muita polêmica. O texto prevê que seja cobrada uma taxa diária de 200 shillings (o equivalente a cerca de 20 centavos) para ter acesso a redes sociais, como Facebook, Twitter, Instagram, WhatsApp, Viber e outros.
O Ministro da Fazenda de Uganda, Matia Kasaija, justifica a implantação da lei dizendo que o dinheiro vai ajudar a melhorar as contas do país e a “manter a segurança nacional e ampliar a rede de eletricidade”.
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Como explica o Olhar Digital, o imposto pode parecer barato, mas a taxa é alta para a economia frágil do país e pode excluir os mais pobres.
Segundo o The Next Web, a medida gerou uma grande procura por meios de bloquear o imposto, como as VPNs. O site BestVPN.com, que compara estes serviços, anunciou que o número de visitantes de Uganda aumentou 1.567% no último final de semana.
Em resposta, o diretor-executivo da Comissão de Comunicação de Uganda (UCC, em inglês), Godfrey Mutabazi, garantiu que o país possui tecnologia para bloquear o uso de VPNs. “Diferentes sistemas de VPN continuam a ganhar funções avançadas para contornar bloqueios, mas governos ao redor do mundo continuam a bloqueá-los”, afirmou.