© Paulo Whitaker / Reuters
Diante de uma plateia de empresários, o pré-candidato tucano à Presidência da República, Geraldo Alckmin (PSDB-SP), citou o presidente Donald Trump (EUA) para prometer, nesta quarta-feira (4), reduzir o imposto de renda de empresas.
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"Vou reduzir o imposto de renda da pessoa jurídica. Veja que nos EUA o presidente Trump reduziu o imposto corporativo. Temos de estimular novos investimentos", disse Alckmin sob aplausos de empresários reunidos em Brasília em um evento da CNI (Confederação Nacional da Indústria).
"Os Estados Unidos fizeram e o Brasil vai ter uma política muito ativa na questão do emprego e da renda", insistiu, depois do evento, em entrevista.
Ainda em sua fala ao empresariado, Alckmin se comprometeu a investir em logística e infraestrutura, reduzir o tamanho do Estado, disse que buscará avançar nas negociações do Mercosul com Canadá, Japão e União Europeia -promessa antiga de vários governos, mas que não avança-, e que abrirá diálogo com os 11 países da Parceria Transpacífico (TPP).
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Alckmin disse que, se eleito, pretende desburocratizar "fortemente" a economia e voltou a se comprometer com as reformas tributária, previdenciária e política nos primeiros seis meses de governo.
"São temas já bastante debatidos. O novo governo tem que aproveitar o início do governo, a força do voto e ter a sociedade junto. explicar, explicar, explicar as razões desses avanços", afirmou.
Ao mencionar a reforma política, defendeu uma união entre os três Poderes como solução da crise atual.
"Há uma crise de legitimidade no Brasil. Não só do Executivo, mas do Legislativo e do Judiciário. Temos que sentar em janeiro e fazer um entendimento, uma união nacional", afirmou o pré-candidato do PSDB.
"Os Poderes são independentes, mas devem ser harmônicos. Há vazio legislativo. Temos um excesso de judicialização", insistiu Alckmin em outro momento do evento.
O tucano defendeu ainda a redução do número de partidos e a adoção do voto distrital ou distrital misto.
Estacionado nas pesquisas eleitorais com, no máximo, 7% de intenções de voto, Alckmin encerrou sua participação no evento dizendo ser um candidato competitivo e que isso se mostrará no final de agosto, com o início o horário eleitoral gratuito.
"Vou ganhar a eleição para mudar este país. A eleição só vai começar depois do horário do rádio e da televisão, que é 31 de agosto. A eleição vai ser curta. Ótimo. É bom eleição curta. Aí sim, o voto se define", afirmou.
Com conversas "bem encaminhadas", como costuma dizer, com PSD, PPS, PV e PTB, Alckmin janta nesta quarta-feira com presidentes de partidos do chamado centrão, bloco que reúne DEM, PP, SD, PRB e PSC. Juntas, estas siglas têm cerca de 150 segundos de tempo de televisão.
Alckmin foi orientado por aliados a ser pragmático na conversa com as legendas. Partidos deste grupo têm interesse não só na Vice-Presidência da República, mas também na presidência da Câmara.
"Acreditamos que temos com alguns partidos até uma afinidade maior do ponto de vista de visão de mundo, de como retomar o crescimento da economia. É uma conversa franca, informal. Não tem nada de coelho na cartola", afirmou em entrevista, quando perguntaram a ele como se daria a conquista do centrão.
Ao fim da conversa com jornalistas, Alckmin foi questionado se apoiaria o ex-prefeito João Doria (PSDB) ou o atual governador de São Paulo, Márcio França (SP), na disputa pelo comando do estado.
"O candidato do meu partido, o João Doria. Mas óbvio que o Márcio França dá continuidade ao nosso trabalho, então, não é nosso adversário. Tem qualidades, tem experiência. Mas o candidato do meu partido, portanto, meu candidato, é o João Doria", afirmou.