© SPTurismo/Divulgação
Uma série de violentos assaltos, todos à mão armada, vêm assustando alunos da EACH (Escola de Artes, Ciências e Humanidades) da USP, no campus da zona leste de São Paulo. Só em junho, foram registrados pelo menos 15 roubos de celulares, carteiras e mochilas – a maioria durante o período noturno, em áreas de iluminação precária e seguidos de agressão.
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O local de maior vulnerabilidade, afirmam as vítimas, é o entorno de um bicicletário da estação USP Leste, da CPTM.Mal iluminada e localizada ao lado de uma grande concentração de árvores, a área teria se tornado esconderijo para assaltantes.
Uma das vítimas foi Rodrigo Caldeira, 22, aluno do curso de marketing. Ele conta que, em uma sexta-feira, dia 18 de maio, por volta das 21h, caminhava rumo à estação USP Leste quando foi abordado por dois homens disfarçados de entregadores de pizza.
"Eles vieram de moto, pediram apenas o celular e mandaram eu virar de costas para não vê-los fugindo", diz. Essa também é a narrativa de Tadeo Gerzaim Ugarte, 22, mexicano que faz intercâmbio no curso de marketing. Ele foi agredido pelas costas por um assaltante enquanto caminhava pelo mesmo local. No momento em que resistiu a entregar sua mochila, levou uma rasteira e foi ameaçado com uma arma.
"Tudo é muito escuro por lá, não dá para enxergar quase nada e se prevenir", ele afirmou. No último dia 20, por volta das 22h30, Emilly Carvalho, 20, e outros colegas foram atacados por quatro homens armados, que surgiram das moitas.Um dos rapazes do grupo, mesmo sem reagir ao assalto e após entregar sua mochila, levou um soco no rosto.
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Depois da ação, os bandidos pularam o muro da estação USP Leste e fugiram pelos trilhos.Para Emily, "os assaltantes parecem preservar as mulheres e agredir violentamente os homens que as acompanham". A professora Mônica Sanches Yassuda, diretora da EACH, disse ter ciência de todas essas narrativas e reconheceu que os assaltos violentos a alunos se tornaram grande preocupação no campus.
Ela afirma que a universidade vem tomando as medidas que estão ao seu alcance."Instalamos mais câmeras de segurança, substituímos a iluminação antiga por lâmpadas LED e pedimos para a Polícia Militar manter uma viatura em frente ao nosso portão por mais tempo", diz. Questionada sobre os procedimentos de segurança no entorno da estação USP Leste, a CPTM respondeu que não se manifestará porque a vigilância das áreas externas às estações não é de sua responsabilidade.
Em nota, a Polícia Militar afirmou que iniciou no mês passado uma operação de saturação, com o objetivo de aumentar o número de pontos de estacionamento de viaturas nos horários em que há maior fluxo de pessoas na região da estação USP Leste da CPTM. A PM disse ainda que incentiva as vítimas a registrarem boletins de ocorrência, para que os casos figurem nas estatísticas de policiamento. Com informações da Folhapress.