© Adriano Machado / Reuters
Em sabatina nesta quinta-feira (5), a pré-candidata à Presidência da República da Rede, Marina Silva, disse que o maior preconceito a ser vencido por ela, nas próximas eleições, é o religioso.
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Ela é membro da Assembleia de Deus, maior igreja pentecostal do Brasil, desde 1997. "Ao longo da minha vida, tive que enfrentar muitas dificuldades mas nunca percebi, desde que eu comecei a ocupar os espaços públicos, atitudes de preconceito contra a minha pessoa. Diria que, depois que me converti à fé cristã evangélica, é que esse preconceito às vezes é mais visível. Há uma tendência a generalizações", reclamou, ao ser questionado em evento do grupo Metrópoles.
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A presidenciável afirmou, no entanto, que a religião não pautará suas decisões, caso seja eleita, já que a Constituição garante o Estado laico. "Quem vai governar, vai governar para todos. Agora, as pessoas têm o direito de expressar suas opiniões, sem preconceito e violência. Mas ninguém pode impor a quem crê ter que abrir mão das suas convicções", destacou.
Ao comentar a falta de alianças políticas, até o momento, Marina mencionou a autonomia política que tem buscado, desde que se desfiliou ao PT, “por não concordar com as ações erradas que começaram com o Mensalão e depois foram para o Petrolão”.
"O voto não pertence a mim, ao Lula ou ao Bolsonaro, o voto é do cidadão. Vou lutar para convencer a população de que um novo alinhamento político precisa acontecer. Lutar para que os cidadãos compreendam que quem criou o problema não é quem vai resolver", pontuou Marina.