© Reprodução / Twitter / NSW Police
O pai da brasileira Cecilia Haddad, de 38 anos, morta na Austrália em abril último, onde vivia há quase 10 anos, falou sobre a relação da filha com o principal suspeito no crime, o ex-namorado dela, Marcelo Santoro, de 40 anos. Ele foi preso no sábado (7), no Rio de Janeiro.
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Segundo José Ibrahim Haddad, a relação entre Cecilia e Marcelo era antiga. O casal se conheceu na universidade, ainda no Rio, e se reencontrou após a vítima se separar do marido. Marcelo teria decidido ir fazer um curso em Sidney, que duraria até este mês.
"E como ele não tinha onde ficar, Cecilia ofereceu que ele ficasse na casa dela. No final do ano passado ela recebeu os parentes dele, o pai, a mãe, as duas filhas, e ficaram hospedados lá na casa dela", lembra o pai.
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Ele também falou que, com a convivência, Cecilia percebeu que não queria mais continuar na relação, mas Marcelo não aceitava. Foi quando ela passou a ter medo dele. "Ela estava com muito medo, preocupada que ele estava na casa dela ainda", disse Haddad, ao relatar um telefonema da filha no dia 13 de abril, 16 dias antes de seu corpo ser achado por remadores, no rio Lane Cove.
"No dia 27 de abril, ela me ligou e disse 'pai, fica no telefone aí que eu estou chegando em casa e não sei se ele já saiu, porque ele pode ter feito uma cópia da chave. E eu perguntei: onde você está? E ela respondeu que estava subindo o elevador. E agora? 'Estou chegando em casa'. E agora? 'Chamei ele três vezes e ele não está aqui. Pode ir dormir que está tudo tranquilo'. Foi a última vez que falei com minha filha", conta Haddad, aos prantos.
Marcelo deu entrada no Brasil no dia 29 de abril, mesma data em que o corpo de Cecilia foi encontrado. De acordo com informações do Fantástico, na TV Globo, a imprensa australiana noticia que Cecília teria sido assassinada dentro do seu próprio apartamento e, depois, teria sido levada até o rio, distante apenas 8 km da casa.