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Famoso por tratar ou evitar hemorragias, o ácido tranexâmico oral adquire um novo uso na dermatologia: tratar o melasma e as manchas. Além disso, sua aplicação é estendida e ele pode ser usado de maneira tópica em cremes clareadores. “O ácido tranexâmico foi recentemente introduzido como uma terapia tópica destinada a reduzir a pigmentação no melasma, hiperpigmentação pós-inflamatória (HIP) e hiperpigmentação. Ele age no bloqueio dos comunicadores inflamatórios responsáveis pelo processo de hiperpigmentação e, em estudos, esse ácido mostrou uma importante redução da atividade da tirosinase, enzima chave da síntese de melanina (pigmento que dá cor à pele)”, afirma a dermatologista Dra. Valéria Marcondes, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia.
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De acordo com Lucas Portilho, consultor e pesquisador em Cosmetologia, farmacêutico e diretor científico da Consulfarma, o ácido tranexâmico tópico se mostrou eficaz como adjuvante no tratamento do melasma. “Em estudo, 15 mulheres com melasma foram submetidas a quatro sessões mensais de luz pulsada associadas à aplicação tópica de ácido tranexâmico a 2%. Após a última sessão de luz intensa foi observada redução significativa do MI (Índice de Melanina) e do MASI (Índice de Área e Severidade do Melasma) nas regiões tratadas com o ativo. Além disso, a aplicação tópica do ingrediente preveniu a ocorrência de pigmentação rebote após as sessões de luz pulsada”, afirma o pesquisador.
A substância é prescrita de forma oral, usada em consultórios de forma injetável ou drug delivery (aplicação após lasers e microagulhamento), agora figura entre os principais lançamentos de cremes clareadores.
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