© Adriano Machado / Reuters
O pré-candidato do PDT ao Planalto, Ciro Gomes, se reuniu, nesta quarta-feira (11), com o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), para tentar dirimir resistências e convencê-lo de que é a melhor opção para uma aliança nas eleições de outubro.
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O encontro reservado, em Brasília, aconteceu em meio à indefinição do PSB sobre qual caminho tomar nas eleições nacionais, negociação em que o governador de Pernambuco é peça-chave.
A cúpula e a maior parte dos diretórios regionais do PSB quer o apoio a Ciro, mas Câmara prefere o acordo com o PT -forte na região- para tentar se reeleger.
Com o impasse, o presidente do PSB, Carlos Siqueira, decidiu adiar as reuniões da executiva e do diretório nacional do partido, que estavam marcadas para a próxima semana. Ele admite que a decisão sobre a aliança nacional deve sair somente no fim do mês e que a sigla circunda entre PSB e PT, ou até mesmo na liberação dos estados para apoiarem candidatos de suas preferências.
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Segundo aliados, Câmara tem se mostrado inflexível quanto a um acordo com Ciro e argumenta que o PT promete apoio ao PSB não só em Pernambuco, mas também no Amazonas e na Paraíba.
O governador de Pernambuco tem um encontro com a presidente petista, Gleisi Hoffmann (PR), nesta quinta (12) em Recife.
O PT tem uma candidata viável para a eleição ao governo de Pernambuco, Marília Arraes, e a polêmica é se o partido vai ou não retirar da disputa um nome que tem chances de vencer Câmara.
Mesmo integrantes do PSB de Pernambuco se dizem desconfortáveis com a insistência do governador em manter apoio ao PT. Para eles, o partido caminhará para uma aliança com Ciro Gomes ou deixará seus integrantes liberados para apoiar quem quiserem.
Nos últimos dias, o PSB tem tentado chegar a um consenso entre os diretórios estaduais para apoiar Ciro, mas Câmara e o governador de São Paulo, Márcio França, ainda se mostram refratários à ideia.
Os dois jantaram juntos nessa terça (10), na capital paulista, para discutir as possibilidades de aliança. França admite flexibilizar e aceitar Ciro nacionalmente, com exceção a São Paulo, que estaria livre para a neutralidade defendida por ele.
França é muito próximo a Geraldo Alckmin (PSDB) mas já entendeu que o tucano não poderá ajudá-lo na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes, visto que o PSDB tem seu próprio candidato ao governo, João Doria.
Caso vá de Ciro, o PSB quer indicar o vice na chapa do PDT. O ex-prefeito de Belo Horizonte Márcio Lacerda é o mais cotado.
Além disso, o PDT apoiaria candidatos do PSB em estados como São Paulo, Distrito Federal, Espírito Santo e Sergipe, como mostrou o Painel no fim de junho. Com informações da Folhapress.