© Divulgação/Globo
Em nova fase em "Orgulho e Paixão", Camilo (Maurício Destri) deixou o mundo das lutas clandestinas para trás e passou a trabalhar pesado na fábrica de tecidos. As lições do boxe, no entanto, marcaram para sempre o intérprete do Príncipe do Café, codinome que usava no ringue, que entre jabs, diretos e cruzados chegou a se machucar de verdade.
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"O legal do boxe é o foco. Tem que olhar no olho do cara, bater e se esquivar o tempo todo. Depois que passei a lutar boxe, até o entendimento das cenas ficaram mais claros. Ficou mais fácil decorar os textos", contou o ator de 26 anos, no intervalo de uma gravação nos Estúdios Globo.
Para fazer as cenas, Destri não quis dublês. "A parte mais legal vou pedir para alguém fazer para mim? Aí não dá!"
O intérprete se preparou com aulas: "Quando chegaram os capítulos me preparei por dez dias, todo os dias, com um professor particular de boxe em casa. A direção também contratou um especialista em cenas de ação".
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A trama de Marcos Bernstein se passa em 1910 e as lutas eram clandestinas, sem regras. Os competidores não usavam luvas, o que deixa as mãos mais expostas a ferimentos, como aconteceu com Destri.
"Houve momentos em que me senti mesmo no ringue. Em uma ocasião trouxeram lutadores mesmo, acostumados a levar socos. Acertei alguns na cara. É uma luta que machuca muito. Trinquei o osso de cima de uma das mãos. Não tinha como engessar. Tomei anti-inflamatório por sete dias", disse.
Um dos lutadores que participaram das cenas foi o campeão de MMA Warlley Alves, que interpretou Abutre.
"Gravar com Fred Mayrink [diretor artístico] e a equipe foi sensacional, uma experiência muito boa. Não tenho do que reclamar, me senti à vontade, em casa. O trabalho foi bem gostoso e rendeu bastante, graças a Deus", contou Warlley ao site de entretenimento da Globo.
SEM ROMANCE
Em sua vida privada, Destri diz ser bem diferente do sensível Camilo, que abandona o conforto e a fortuna para se casar com Jane (Pâmela Tomé), por quem se apaixonou à primeira vista. O relacionamento contraria sua mãe Julieta (Gabriela Duarte), a Rainha do Café. Ao contrário do personagem, ele não mudaria toda sua vida por amor.
"Estou tão focado no trabalho. Parece meio egoísta, mas me blindei de me apaixonar ou viver grande amor. Mudaria [tudo na vida] pelo trabalho."
"Os relacionamentos [hoje] estão tão líquidos, descartáveis, que é difícil se apaixonar com um olhar. Tem quer ser uma coisa construtiva, um trabalho diário. Ir se apaixonando aos poucos. Esse jeito [de amor à primeira vista] era à moda antiga, hoje não cabe mais", completa. Com informações da Folhapress.