© REUTERS / Andrew Couldridge
Após pouco mais de dois anos, Novak Djokovic se reencontrou com um grande troféu. Neste domingo (15), o sérvio derrotou o sul-africano Kevin Anderson por 3 sets a 0 (6/2, 6/2 e 7/6) e conquistou o título de Wimbledon pela quarta vez na carreira.
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O 13º troféu de Grand Slam de Djokovic (está a um de igualar o americano Pete Sampras) representa um novo momento do tenista no circuito, que começou o torneio na 21ª posição do ranking –é o décimo na lista desta segunda (16).
Anderson, também finalista do Aberto dos EUA do ano passado, chega ao seu segundo vice-campeonato de Grand Slam e sobe da oitava para a quinta posição do ranking.
Após ganhar quatro Slams em sequência, culminando com o título inédito de Roland Garros em 2016, o sérvio entrou em declínio. Em novembro daquele ano, perdeu a liderança do ranking, que ocupava desde julho de 2014, para o britânico Andy Murray.
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Depois de abandonar uma partida por lesão nas quartas de final de Wimbledon, no ano passado, ele se afastou do circuito para tratar uma lesão no cotovelo direito.
Voltou no Aberto da Austrália, em janeiro, mas após parar nas oitavas decidiu se submeter a uma cirurgia no cotovelo. Em março, quando retornou, sofreu derrotas nas estreias dos Masters 1.000 de Miami e de Indian Wells.
Sua técnica, seu preparo físico e, principalmente, sua confiança passaram a ser questionadas. Será que aquele Djokovic dominante de 2011 e 2015, anos em que ganhou três Grand Slams, voltaria a dar as caras no circuito?
Na temporada de saibro, ele começou a apresentar sinais de evolução. Nessa época, interrompeu a parceria de menos de um ano com o ex-tenista americano Andre Agassi e voltou a trabalhar com seu antigo técnico, o eslovaco Marian Vajda, que também o acompanhou de 2006 até 2017.
Djokovic fez jogo duro contra Rafael Nadal no Masters de Roma, mas caiu de forma surpreendente diante do italiano Marco Cecchinato nas quartas em Roland Garros.
Já na grama, após ser vice-campeão do torneio de Queens, alimentou boas expectativas para Wimbledon, confirmadas ao longo do torneio.
Seu maior teste foi na semifinal, contra Rafael Nadal, em jogo de cinco sets em que os dois elevaram seus níveis e fizeram um duelo para entrar na lista dos melhores entre os 52 que eles já protagonizaram.
Se a final não foi memorável como a rodada anterior, ao menos será lembrada pelo retorno triunfal de um dos maiores tenistas da história e pela superação pessoal.
A partida deste domingo teve duas horas e 19 minutos de duração e foi dominada pelo sérvio desde o primeiro game, em que ele logo quebrou o saque de Anderson. Faria isso mais três vezes na partida.
Os dois tenistas vinham de longos jogos, mas o sul-africano parece ter sentido mais os efeitos das maratonas. Somando duas partidas de cinco sets, contra Roger Federer e John Isner, nas quartas e na semifinal, respectivamente, ele já havia ficado em quadra por 10 horas e 50 minutos.
Já as cinco horas e 15 minutos da semifinal entre Djokovic e Nadal, apesar de terem acabado menos de 24 horas antes do início da decisão, foram diluídas em dois dias.
Curiosamente, foi no terceiro set que Anderson mostrou mais resistência.
O sérvio precisou salvar cinco set-points antes de levar a parcial para o tiebreak e fechar o confronto. Com informações da Folhapress.