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A situação crítica do Cantareira, a pior desde que ele foi criado na década de 1970, está sendo debatida hoje em Campinas com representantes de sindicatos rurais, segundo a assessoria de imprensa da Agência Nacional de Águas (ANA). O encontro foi uma das sugestões do Grupo Técnico de Assessoramento para gestão do Sistema Cantareira (Gtag – Cantareira), formado por representantes da agência e do Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo, para analisar e monitorar semanalmente as condições dos reservatórios.
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De acordo com a ANA, já foram feitas três reuniões desde o dia 7. O primeiro encontro ocorreu com quatro municípios de Minas Gerais e de São Paulo, que ficam acima do Sistema Cantareira. Participaram representantes de prefeituras e empresas. Um encontro similar foi feito com municípios paulistas localizados abaixo do sistema. Hoje, na parte da manhã, o encontro foi com sindicalistas e, à tarde, com empresários. O objetivo é ouvir os diversos setores, avaliar a situação de estiagem e observar medidas que diminuam o impacto.
Estes encontros, no entanto, servirão apenas de subsídio para as decisões técnicas a serem sugeridas pelo Gtag. A próxima reunião do grupo técnico ocorre nesta sexta-feira (16), na qual serão avaliados o que é usado e o que é demandado ao sistema. O último comunicado do grupo, do dia 30 de abril, considera que o volume útil do Cantareira pode se esgotar no início de julho. Nesta quinta-feira (15), no entanto, as obras que possibilitam a retirada de águas do fundo das represas, o chamado volume morto, serão concluídas.
Estão sendo construídos dois canais de 3,5 quilômetros e instaladas 17 bombas, que envolvem um investimento de R$ 80 milhões. O uso desta reserva já havia sido apontado, há um mês, pela presidenta da Sabesp, Dilma Pena. Então, o nível do reservatório estava em 12%. A companhia informou que o total de água abaixo do nível das comportas chega a 300 bilhões de litros, mas serão disponibilizados, neste momento, 200 bilhões. Este volume é suficiente para abastecer os moradores da região metropolitana por quatro meses.