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A aeronave, de voo FR7312, saiu de Dublin na sexta-feira (13), com destino a cidade croata de Zadar com 189 passageiros a bordo, quando sofreu uma "repentina queda de pressão" na cabine. A aeronave da Ryanair despencou por 9 mil metros e precisou fazer uma aterrissagem de emergência no aeroporto de Frankfurt-Hahn.
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"Os passageiros se queixaram de dores de cabeça e de ouvido e de ter sofrido náuseas", informou um porta-voz da Polícia Federal Alemã.
A brasileira Erika Fonseca, natural de Niterói e moradora de Dublin, estava à bordo da aeronave e relatou os momentos de terror que viveu durante a despressurização da aeronave.
“Eu estava dormindo e acordei com a aeromoça servindo bebidas e comidas para os passageiros, quando de repente caíram as máscaras de oxigênio”, relatou. Segundo ela, momentos depois, começou a sentir dores muito fortes nos ouvidos. “Comecei a me contorcer e achei que eu teria um derrame cerebral, minha cabeça parecia que ia explodir. As crianças que estavam no avião começaram a gritar, dizendo ‘pai, por favor, não quero morrer’. Muita gente estava gritando”, disse a brasileira ao site 'E-DUBLIN NEWS'.
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Ainda segundo Erika Fonseca, quando o voo estabilizou, ela e vários passageiros estavam desorientados: "O piloto estava falando alguma coisa, mas não conseguia entender. Muitas pessoas estavam assim dentro do avião”.
Por volta da meia-noite, o voo realizou um pouso de emergencia no aeroporto Frankfurt-Hahn. Erika afirmou que a tripulação orientou os passageiros mais feridos a receber atendimento primeiro. Como ela havia perdido muito sangue, foi a primeira a ser retirada da aeronave.
Ela ainda afirmou que muita gente se recusou: "Muita gente estava sem escutar, mas não foi no atendimento médico, pois os enfermeiros disseram que se fosse constatado algum problema no ouvido, eles não poderiam voar por semanas. Então alguns preferiram não ser atendidos”.
Erika recebeu atendimento em um hospital a cerca de 80 km do aeroporto de Frankfurt-Hahn, e segundo relato da brasileira a empresa não ofereceu transporte de volta ao local. Só no dia seguinte a Ryanair disponibilizou um ônibus com destino a Zadar, já que ninguém poderia pegar o voo por conta do problema no ouvido. Foram cerca de 20 horas de viagem até a cidade croata.
A brasileira ainda falou da dor que sentiu nos dias após o incidente, assistindo a final da Copa do Mundo em um bar na Croácia, Erika disse que precisou deixar o local várias vezes. "Precisei tomar cinco comprimidos para passar a dor naquele dia”.
Ainda sem saber como voltará para Dublin, Erika vai passar por um médico para avaliar o estado dos seus ouvidos, mas afirmou: “Não quero nem imaginar entrar em um avião de novo.”