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A Prefeitura do Rio de Janeiro lançou, na última semana, uma nova versão do Portal 1746 que apresentava um texto com termos considerados incorretos e preconceituosos. Umas das seções do site usava as expressões "despacho de macumba" e "mendigos".
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A equipe de reportagem do jornal 'O Extra' procurou a prefeitura na manhã desta terça-feira (17). Após o contato, os termos citados foi alterados para "oferendas religiosas" e "moradores de rua".
"O uso desse termo (despacho) é desrespeitoso. Só ajuda a aumentar o estereótipo que envolve religiões de origem africana", afirmou o babalaô Ivanir dos Santos, representante de movimentos contra a intolerância religiosa.
"O certo seria o "oferendas sagradas". Além disso, existem várias religiões que fazem uso deste tipo de ritual. Não é muito diferente da hóstia e do pão", completou.
O deputado Carlos Minc (PSB), presidente da Comissão de Combate às Discriminações e Preconceitos de Raça, Cor, Etnia e Religião da Alerj, classificou a atitude da prefeitura como "deplorável".
Além disso, o político acredita que o ato se enquadre na determinação do juiz Rafael Cavalcanti Cruz, da 7ª Vara de Fazenda Pública do Rio, que proíbe o prefeito Marcelo Crivella de favorecer grupos religiosos por meio da máquina pública. Na decisão, o magistrado afirma que o prefeito poderá ser afastado caso repita estas práticas.
Em nota, o portal 1746 se desculpou pelo uso dos termos.
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