© Assessoria de Imprensa do Museu Nacional / Antonio Carlos Moreira
De acordo com o diretor, o acervo do museu tem mais de 20 milhões de itens e apenas 5% deles são expostos. Kellmer destacou que outros museus pelo mundo também têm apenas uma parte em exposição, mas chamou atenção que o Nacional poderia ter um percentual maior. “A gente poderia ter de 10% a 15% expostos e estaria mais do que condizente ao que encontramos em outros países. É preciso ampliar as áreas de exposições, que podem ser modificadas com a troca de animais expostos. É como em um filme. Não se fica com um filme em cartaz o tempo todo. Um dinossauro é difícil de mudar, mas animais de porte pequeno são mais fáceis”, defendeu.
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A grande atração que é o Maxakalisaurus topai estará acompanhad0, na sala, do Angaturama limai, dinossauro espinossaurídeo que tem como principal característica o focinho longo; uma réplica do maior réptil voador da América do Sul, o Tropeognathus mesembrinus; o Guarinisuchus munizi, o mais completo fóssil de dirossaurídeo (crocodilomorfos) já encontrado no Brasil.
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As crianças poderão se divertir com pegadas de dinossauro, ovos de animais pré-históricos e ossos e, junto com adultos, poderão fazer fotos no painel em tamanho real do Maxakalisaurus topai.
Para a reabertura da sala foram convidadas as 370 pessoas que participaram da ação de financiamento coletivo, feita em maio, para buscar recursos e remontar a reprodução do Maxakalisaurus topai. Devido a um ataque de cupins na base de sustentação, o dinossauro foi desmontado e permaneceu guardado em caixas em um canto da sala, fechada desde 2017.
O diretor disse que durante a cerimônia será entregue uma pesquisa aos doadores para verificar o perfil de cada um. o que servirá de base a outras ações. “Para a gente entender melhor esse doador, porque doou, se era amigo do museu, se gostou dos prêmios, do dinossauro montado. O trabalho [de análise] vai começar depois disso”.
Alexander Kellmer disse que foram arrecadados, com o financiamento coletivo, R$ 58,3 mil, incluindo a participação de pessoas físicas, que se dividiram em faixas de valores entre R$ 20 e R$ 5 mil. Segundo o paleontólogo, o resultado foi além das expectativas, principalmente porque era um tipo de teste para verificar a aceitação deste instrumento de financiamento.
“Era um teste para ver se este tipo de financiamento coletivo se aplica a instituições como museu. Uma coisa é verdade. Se não conseguir um dinheiro mínimo para abrir uma sala de dinossauros não vou conseguir para mais nada. Ficamos tão entusiasmados que vamos repetir isso em outras ações do museu”, afirmou à Agência Brasil.
Kellmer acrescentou, que além de conseguir os recursos em um momento de dificuldade de orçamento da instituição, as pessoas sentem que estão participando de um bom projeto. “Isso nos deixou motivados. 370 pessoas doando para uma causa nobre que é a reabertura da sala dos dinossauros, tão importante não só para o museu em termos de visitação, mas para questões educativas, porque há várias coisas bacanas nesta sala”, disse.
Os convidados serão presenteados com lembranças como esculturas do crânio do Maxakalisaurus topai. Ainda na cerimônia, poderão participar de um bate-papo com o diretor do Museu e outros pesquisadores como os especialistas em geologia do quaternário Cecilia Magalhães, e em conservação de espécimes fósseis, Helder de Paula Silva; o mestrando em Zoologia pelo Museu Nacional Rodrigo Pegas; e o engenheiro Jonas Moro, integrante do Polo Náutico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Com informações da Agência Brasil.