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O Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal informou, nesta quinta-feira (19), que cassou a licença de exercício profissional do médico Denis César Barros Furtado, o Dr. Bumbum, apontado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro como principal suspeito da morte da gerente de banco Lilian Calixto, 46, na madrugada do último domingo (15), em decorrência de uma intervenção estética.
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Denis e a mãe dele, Maria de Fátima Barros Furtado, foram presos na tarde desta quinta-feira (19).
Em nota, o CRM-DF disse que ele foi alvo de um processo de interdição cautelar para o exercício da profissão em março de 2016. No entanto, segundo a entidade, a medida foi suspensa três meses depois pela Justiça Federal, em Brasília.
Ainda de acordo com o conselho, o processo foi concluído com a cassação do exercício profissional de Furtado, que será submetida ao CFM (Conselho Federal de Medicina). O motivo que levou à cassação do registro não foi esclarecido.
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A reportagem do UOL também procurou a porta-voz do Conselho Regional do DF para esclarecer se, a partir da decisão, Denis já estaria impedido de exercer a medicina até a análise pelo CFM, mas ela ainda não foi localizada. Também questionado, o conselho federal não informou se Denis está oficialmente impedido de exercer a medicina ou se isso ainda depende de aval da entidade nacional.
O UOL entrou em contato com a defesa de Denis sobre a medida que o proíbe de exercer a medicina, mas ela ainda não se manifestou.
A bancária Lilian Calixto morreu após se submeter a um procedimento estético na cobertura do médico, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. A namorada dele, Renata Fernandes Cirne, 20, foi presa sob suspeita de envolvimento no procedimento.
A mãe de Furtado, Maria de Fátima Barros, 66, também suspeita de participação no procedimento, está foragida após ter a prisão temporária decretada. Ela e o médico foram indiciados por homicídio qualificado e associação criminosa.
A mãe do médico também teve seu registro para exercício de medicina cassado em 2015. Os motivos da suspensão, de acordo com o Cremerj (Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro), foram permissão de que seu nome circulasse em mídia desprovida de falta de rigor científico, propaganda enganosa, realização de método ou técnica não aceitas pela comunidade científica e por insinuar ou prometer bons resultados a qualquer tipo de tratamento.
A defesa do médico disse na quarta-feira (18) que vai negociar com a polícia para que se entregue, mas não deu detalhes sobre quando ou onde isso aconteceria. Em entrevista coletiva concedida a jornalistas na tarde desta quarta em Brasília, a advogada Naiara Baldanza disse que julgar Furtado como culpado pela "fatalidade" ocorrida com a paciente é "precoce". Segundo ela, o médico ainda não se entregou à polícia por problemas de saúde.
"Ele está sofrendo um grande impacto emocional, ele começou a desenvolver uma síndrome do pânico. Então há um motivo pelo qual existe uma dificuldade, nesse momento, para que ele se apresente, e não é o motivo de obstaculizar o trabalho da Justiça", afirmou a advogada.
A advogada disse ainda que existem "muitas pessoas satisfeitas" com o trabalho realizado pelo médico, mas que "lamentavelmente, dentro de qualquer profissão, sempre vão existir pessoas em que situações não acontecem como o previsto". Com informações da Folhapress.