© Reuters / Pawel Kopczynski
Há poucas semanas, autoridades oficiais no México alertaram os bancos para que reforçassem seus sistemas de segurança, diante de potenciais ataques cibernéticos no setor financeiro. No entanto, esses ataques nem sempre miram os bancos, mas têm como foco seus clientes. Por isso, a Avast (LSE: AVST), líder global em produtos de segurança digital, alerta para que os consumidores de todo o mundo – inclusive do Brasil –, fortaleçam seus hábitos online para garantir que seu dinheiro esteja protegido contra possíveis ciberataques.
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Os cibercriminosos têm como alvo os consumidores porque sabem que a maioria das pessoas armazena informações confidenciais em seus dispositivos, além de usar smartphones e computadores para realizar compras e transações bancárias online. Os cibercriminosos também sabem que os usuários são um elo fraco e muitas vezes desconhecem as práticas recomendadas de segurança. Luis Corrons, Evangelista em Segurança da Avast, traz dicas importantes sobre a melhor maneira dos consumidores combaterem os cibercriminosos.
Atenção para Trojans bancários em dispositivos móveis
Trojans bancários em dispositivos móveis estão em ascensão. São aplicativos que tentam enganar o usuário a fornecer os seus dados bancários, fingindo ser um aplicativo bancário legítimo. Geralmente, imitam a tela de login ou oferecem uma tela de login genérica, com o logotipo do respectivo banco.
Recentemente a Avast realizou uma pesquisa, pedindo que os consumidores comparassem a autenticidade de interfaces de aplicativos bancários oficiais e fraudulentos. No Brasil, os resultados revelaram que 68% dos entrevistados foram capazes de detectar a interface fraudulenta, enquanto 30% confundiram a falsa com a verdadeira. Estes resultados são alarmantes e mostram que os consumidores podem facilmente ser vítimas de Trojans bancários.
“Estamos observando um aumento constante do número de aplicativos maliciosos para dispositivos Android, capazes de contornar as verificações de segurança em lojas de aplicativos populares e atingir os smartphones dos consumidores. Esses aplicativos geralmente se apresentam como apps de jogos e de estilo de vida, utilizando táticas de engenharia social para enganar os usuários a fazer o download".
"Os consumidores podem confiar em lojas de apps como o Google Play e a App Store da Apple, para fazer o download com frequência de aplicativos bancários. No entanto, é recomendado uma vigilância extra. Os usuários devem confirmar se o aplicativo bancário que utilizam, é a versão verificada. Caso a interface pareça ser estranha ou estar fora do lugar, é preciso fazer uma nova verificação com a equipe de atendimento ao cliente do banco. Também é importante que os usuários utilizem a autenticação de dois fatores, se disponível, além de terem um antivírus forte para Android instalado, para detectar e protegê-los contra malwares maliciosos", disse Luis Corrons.
Evitando armadilhas de phishing
Os usuários precisam ainda estar atentos ao phishing, que é uma técnica de engenharia social usada por cibercriminosos para enganar as pessoas a fornecer informações confidenciais, como detalhes do cartão de crédito e credenciais de login. Os golpes de phishing geralmente vêm na forma de email, criado para parecer que veio de uma fonte legítima, dificultando o reconhecimento e incluindo um link ou anexo. Links em e-mails de phishing direcionam o usuário para sites maliciosos, quase idênticos ao site que imitam e pedem às pessoas que insiram suas informações pessoais.
“Os anexos em e-mails de phishing ou o uso de engenharia social são utilizados, por exemplo, para ajustar as configurações a fazer o download do malware. Se um e-mail que afirma ser de uma instituição bancária pareça suspeito, pode ser uma tentativa de phishing. Neste caso, os usuários devem verificar diretamente com o banco a sua legitimidade, para garantir que o e-mail seja realmente da instituição financeira", disse Luis Corrons.
Senhas são a chave do cofre
Usar senhas fortes e exclusivas para cada conta online, e alterá-las regularmente são medidas importantes que devem ser adotadas pelos usuários para que mantenham seguras suas contas online, especialmente as contas bancárias.
“Recomendamos o uso de um gerenciador de senhas, como o Avast Passwords, já que a maioria dos usuários pode ter mais de 20 contas online, dificultando a criação e o registro de senhas fortes, bem como exclusivas para cada uma delas”, disse Luis Corrons.
Os gerenciadores fazem uso de criptografia e geram senhas altamente seguras para todas as contas. Isso não significa que os usuários não precisem se lembrar de senhas longas, mas podem alterá-las facilmente com frequência. Alterar as senhas das contas regularmente é extremamente importante, já que as violações de dados nem sempre são detectadas de imediato pelas empresas, o que significa que os cibercriminosos podem colocar as mãos nas credenciais de login sem que ninguém perceba e, assim, comecem a cometer fraudes.
Instalando uma rede de segurança
A instalação de um programa antivírus é obrigatório em qualquer dispositivo, seja um Mac, Windows ou Android. O Antivírus protege os usuários contra uma infinidade de ameaças, incluindo spyware, ransomware, keyloggers e Trojans.
“Independentemente de quão cuidadosas as pessoas sejam, os cibercriminosos estão sempre descobrindo novas maneiras de entrar nas contas dos usuários. O antivírus atua como uma rede de segurança, protegendo em segundo plano e em todos os momentos até mesmo os usuários mais cautelosos, para que possam utilizar seus dispositivos sem preocupações”.
Mantenha o banco online em seus próprios dispositivos
"Os usuários nunca devem realizar transações financeiras de um computador ou de um dispositivo móvel que não pertença a eles, já que nunca pode-se saber com certeza quem o utilizou pela última vez e que tipo de software está sendo executado no dispositivo. O mesmo vale para as redes Wi-Fi. É extremamente necessário usar uma VPN para realizar transações financeiras, quando o usuário está conectado com redes Wi-Fi públicas. Sem uma VPN, os cibercriminosos podem espiar suas atividades", diz o especialista.